terça-feira, 3 de setembro de 2013

COUSAS QUE PODEMOS FAZER

Quem está na faixa dos 100 / 110 anos certamente se lembra do Tesouro da Juventude - coleção obrigatória nos lares da classe média junto com Delta-Larousse e a Enciclopédia Britannica.

Pois bem. A valiosa coleção trazia capítulos incríveis como “Cousas que podemos fazer num dia de chuva.”
Para total decepção dos pré-adolescentes babões, as tais “cousas” se resumiam em cortar papelão, pintar, colar e outras chaturas do gênero.
Quando encontrávamos fórmulas para experiências químicas, estas eram prontamente rechaçadas pelas mães ou, quando conseguíamos burlar a vigilância “orwelliana”, nunca encontrávamos os ingredientes necessários para explodir com tudo.

(E ainda tem gente que incensa a infância...)

Essas reminiscências são decorrentes do seguinte paralelo: as “cousas” que podemos fazer em  momentos de solidão. Cujas, graças a Deus, são íntimas.
Acho que ninguém se sentiria bem assistindo ou protagonizando o deprimente espetáculo de um ser humano cortando as unhas dos pés, aparando fios nasais e por aí afora.
Mas, convenhamos, desde a escatologia - arrotar alto, peidar, etc - até as inconfessáveis, as tais das “cousas” são, em sua maioria, absolutamente comuns a todo ser humano.

Ou não?

2 comentários:

  1. Uai, eu acho absolutamente normal cortar unhas, sejam dos pés ou das mãos.
    E, depois de uma certa idade, aparar cabelo das narinas também se torna normal...
    Quanto a peidar, recomendo um livro que se chama "Deixa Sair", da Sonia Hirsch...

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    1. Normal, tudo é.
      Mas, algumas normalidades são feias pra cacete, concorda?

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