Dois exemplos de como produzir propaganda com categoria, fazem a gente acreditar que nem tudo está perdido nessa selva de bobagens, mau gosto e absurdos que nos são dados a ver e ouvir diariamente.
O primeiro é a Lajotinha. Doce criado nos anos 40 e famoso
até hoje por combinar folhas de waffer com recheio de castanha de caju, toque
de canela e cobertura de chocolate ao leite, é um dos clássicos da Kopenhagen.
Aí, aproveitando a comemoração de seus 85 anos de existência, a Kopenhagen criou
cinco versões do doce, colocou 16 milhões na mão da DM9DDB, chamou o Rodrigo
Santoro e o resultado é um comercial simples, direto e com um final ótimo (no estilo making off) onde o gringo tenta pronunciar “lajotinha” e, claro, sai “la
Xotinha”...
O segundo exemplo é o lançamento da Campanha Nacional de Doação de
Órgãos. Christian Fontana, da Leo Burnett, um dos responsáveis pela criação
da campanha em que Chiquinho Scarpa prometia enterrar, no jardim de sua mansão,
seu Bentley Continental, informa que a previsão era que Chiquinho fosse
"crucificado" pela ação. “O ideal era que as pessoas descessem a
lenha mesmo”, disse.
O enterro do carro de luxo estava prometido por Scarpa desde
segunda-feira (16) através do seu perfil no Facebook.
Mas, na manhã desta sexta-feira (20), após demonstrar tristeza e simular um choro, o empresário disse que não estava louco para enterrar um carro valioso:
Mas, na manhã desta sexta-feira (20), após demonstrar tristeza e simular um choro, o empresário disse que não estava louco para enterrar um carro valioso:
“Eu não sou louco. Fui julgado por querer enterrar uma
Bentley, mas a verdade é que a grande maioria das pessoas enterra coisas muito
mais valiosas que meu carro. Elas enterram corações, rins, fígados, pulmões,
olhos.”
Essas duas situações comprovam que é possível usar celebridades em
propaganda sem cair na imbecilidade recorrente.
Falou quem entende do riscado.
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