terça-feira, 16 de abril de 2013

PROFISSÃO PERIGO

Numa googlada muito rápida, temos estas três notícias abaixo.
E, pela charge, podemos constatar que a coisa já está vindo de longe.

Gazeta do Povo – Curitiba
Professores sofrem agressões
Cerca de 4 mil docentes de ensino fundamental disseram ter sido agredidos fisicamente por estudantes dentro de colégios.


Portal Terra
Professores de Belo Horizonte pedem demissão por medo de agressão de alunos
Professores de escolas públicas de Belo Horizonte e região metropolitana da capital mineira estão pedindo demissão por medo da crescente onda de violência que assusta os docentes. Diretores das instituições de ensino não acionam a Polícia Militar por temer represálias de alunos, que cometem delitos e acabam por não serem punidos pelas autoridades.


ISTO É
O que era para ser uma corriqueira entrega de provas virou um bate-boca intimidador seguido de agressão física. Descontente com a nota, a estudante abriu mão dos argumentos acadêmicos para contestar a correção e avançou sobre a professora Christiane Souza Alves durante a aula. “Ela usou xingamentos de baixo calão, veio atrás de mim quando eu saí da sala e me empurrou”, diz Christiane, que, após 13 anos de docência, passou um semestre sendo acompanhada no trajeto da instituição de ensino para sua casa, teve princípio de síndrome do pânico e começou a tomar antidepressivos. Seria mais um triste episódio a engrossar as estatísticas de violência nas salas de aula, não fosse a mudança de cenário.

A economista Christiane é professora universitária, ambiente onde tem aumentado o número de agressões a docentes, do mesmo modo que nas escolas da rede particular de ensino. “Ela gritou: ‘Você é paga para concordar comigo.’”, diz Christiane. A estudante em questão, uma jovem de 20 anos, continua na universidade. Foi apenas proibida de assistir às aulas de Christiane. “A relação professor-aluno acabou”, afirma a professora, que pediu para não identificar a instituição em que teve problemas.


Assisti outro dia o Edgar Flexa Ribeiro, numa entrevista à GloboNews, sobre essa nova lei que estados e municípios têm até 2016 para garantir a oferta a todas as crianças a partir de 4 anos de idade. 
Entre muitas outras coisas, ele disse com uma simplicidade tenebrosa: “Para isso vai ser necessário o preparo de muitos novos professores. Não basta dizer que vai ganhar bem, é preciso que o magistério seja finalmente encarado, divulgado e promovido como uma profissão de extraordinária importância. O professor tem que ser reconhecido pelas lideranças políticas brasileiras como uma autoridade a ser respeitada pelos alunos e pelas famílias.”

Pi-ri-go, hein?
Segundo ele constata, jamais um governo brasileiro, qualquer que seja ou tenha sido, dispensou honras a essa classe que é tratada a pontapés. Jamais, por exemplo, o Dia do Professor (num país que tem até Dia do Picapeiro, que por sinal é hoje) foi louvado como merece.
E por aí afora.

Todos nós já vimos esse diálogo:
-Fulano se formou.
-É? Legal! Formou em quê?
-É professor.
-Tadinho...

E segue o baile da Copa da CBF, dos estádios bilionários, dos escândalos a cada 15 minutos, etc.

2 comentários:

  1. A partir do "ginásio" estudei no Colégio Estadual Central de Belo Horizonte, o melhor de então. Havia concurso de admissão para entrar. Passei sem problema! Era bom aluno e vinha do Grupo Escolar Barão do Rio Branco, outro ensino público de primeira linha. Negros e pobres se misturavam na minha sala. A senha para estar alí era uma só: estudar!
    Vitor Lemos

    ResponderExcluir