domingo, 25 de novembro de 2012

F1

Foi-se o tempo em que eu ligava pra fórmula 1. E ligava mesmo!

Tinha pilhas e pilhas de 4 Rodas arquivadas na estante, vi o Emerson Fittipaldi ser campeão mundial em Monza em 1972 (graças ao falecido Regis Cardoso que me arrumou uma credencial para a pista) e cansei de torcer pelo Piquet – pra mim o segundo melhor piloto depois do Fittipaldi.

E, para o patriótico desprezo dos milhares e milhares de leitores desse blog, nunca achei muita graça no Senna.

Hoje, por pura falta do que fazer, assisti ao GP de Interlagos que deu ao Vettel o tricampeonato mundial. Passei a gostar mais do Rubinho Barrichello cujo, além de comentar com propriedade, aturou com galhardia o Galvão. É coisa pra se elogiar!

Mas, mesmo com a redigrobo forjando aaaltas emoções, choros e ranger de dentes, não consigo mais achar graça nesse esporte (?) em que o piloto vale cada vez menos.

9 comentários:

  1. "nunca achei muita graça no Senna"

    Pelo visto vc hibernou depois de 1972!rsrs
    Segue um capítulo da história do maior de todos os tempos.
    O título da trilha sonora diz tudo!!!

    http://www.youtube.com/watch?v=_k057ztHj1Q


    Depois dessa vou dormir... e tentar te perdoar pela heresia...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Putz!
      Ainda tem a trilha sonora e o Galvão uivando "Senna do Brasiiil!!!!"
      Que coisa linda! Que emoção!

      Excluir
  2. Grande Tiago, não fujo à regra brasileira e considero Senna, não só o melhor brasileiro, mas o melhor de todos os tempos. Piquet foi o piloto mais chato de todos os tempos, possuia seus méritos, mas no confronto era somente o segundo, acima de Fittipaldi, mas é salutar a controvérsia. Se todos gostassem do azul, não haveria o preto e branco. Celso Lemos, meu primo era diretor da Fundação Ayrton Senna e braço direito do meu ídolo. Fui o único brasileiro além da familia do Senna a ver o macacão com que ele morreu. Fui a São Paulo no mesmo instante que a Williams enviou os pertences do Senna para devolução à familia, tendo Celso como portador. Foi ele que vestiu o Senna para trazê-lo para o Brasil, assim como foi o primeiro a chegar ao Hospital após o acidente. Senna morreu no momento do choque. Foi tudo um teatro o atendimento na pista, para que a corrida não fosse interrompida, como determinaria a regra. Segundo o Celso, o rosto do Senna parecia um cinzeiro que ele me mostrou sobre a mesa. Irônico e mais trágico ainda para mim, é que Senna já havia confirmado presença numa festa que eu faria na minha casa no dia 21 de maio, a convite do Celso. A última imagem que ficou para mim foi sua calça Hugo Boss, sua camisa quadriculada que usava naquela domingo antes da corrida, e seu tênis com as meias enfiadas que estavam dentro de sua mala. Celso justificou a confiança que Senna depositava nele: nem um pequeno souvenir de sua mala ele me deixou tirar. Fui fã incondicional, e desde então a Fórmula 1 perdeu a sua magia.
    Vitor Lemos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pô! Intimidades com o ídolo... Aí não vale.

      Pra ser totalmente sincero, o que mais me incomodava era o endeusamento global e certas atitudes "forçadinhas" do cidadão.

      (Além de seguir à risca o pensamento de Nelson Rodrigues: "Toda unanimidade é burra!".)

      Abs.

      Excluir
    2. Neymar e Messi contrariam o pensamento do Nelson Rodrigues.
      Vitor Lemos

      Excluir
  3. Pois é, Tiago,
    toda unanimidade pode ser burra, mas o Senna, independente de algumas falhas de caráter - todo gênio tem esse direito, acho eu - foi o maior piloto brasileiro que já vi e um dos maiores entre todos.
    Piquet, metido a gozador e por isso mesmo um chato de galocha - embora um grande piloto - nunca chegou a culminâncias do Airton.
    Emerson, grande piloto e caráter, foi o cara que abriu as portas da F1 para os brasileiros.
    Quanto à corrida do domingo, dadas as circunstâncias, foi a melhor que vi nesses três ultimos anos.
    Já não me encantam as corridas de F1. Prefiro, mil vezes, as de motos. Sem comparação!
    abração
    fernando

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Fernandão,
      você sabe, muito melhor do que eu, que nada como criar uma polêmica de quando em vez, né não?
      Quanto às corridas de moto, já que você está recomendando, vou conferir.
      Abs.

      Excluir
  4. Fórmula 1 e, tão somente, acho que Rubinho achou são verdadeira vocação. Depois de trezentos e tantos grandes prêmios é, sem dúvida, pessoa abalizada para tecer comentários sobre corridas, especialmente, para corrigir o mascarado Galvão Bueno, que não entende nada do assunto. Qto a Senna, ele não lhe encheu os olhos como piloto, porque foi o período de transição, entre a pilotagem romântica, e a da supremacia da parafernália eletrônica. But, para aquele momento, tempo e espaço, data venia, ele tocava 'pacas' (gostou do pacas?) Very, very old. DuduGouvêa

    ResponderExcluir