quarta-feira, 10 de outubro de 2012

BH - RIO


Só começo a contar depois da Mannesmann. Aí, se estou sozinho, música e rally. Explicando: marco a quilometragem, desando a fazer contas, marco o tempo no ritmo, checo a média horária, enfim, tento tudo pra tornar a viagem menos chata.

Foi-se o tempo em que essa jornada era agradável. Eram curvas mais do que conhecidas, viaduto das Almas (tchan, tchan, tchan-tchan), Congonhas, Ôbá! Passei o Cupim em pouquinho mais de uma hora. Estaria indo bem se não fossem os radares e quebramolas que se revezam na gloriosa tarefa de nos levar a elucubrações criminosas quanto às autoridades constituídas.

Leiteria São Luiz. Tem um sanduba da melhor qualidade.
Mas, eu quero é chegar. Prometo que paro na volta.

Ewbank da Câmara fazia lembrar a piada velha do prefeito que decretou mão única na “avenida” e foi todo mundo embora... Aliás, parece assim até hoje.

Juiz de Fora, pista dupla, aí é que ficava bom mesmo! Ficava. Porque hoje, são radares e quebramolas se revezando na gloriosa tarefa de te levar a elucubrações criminosas quanto às autoridades constituídas.

E tome pedágio. Até que, pela qualidade da estrada, valeria. Se não fossem os radares e quebramolas que te levam a elucubrações criminosas quanto às autoridades constituídas.

Posto Brasão, Areal, paredão de pedra que tira o fôlego, começa a subida da serra. A ideia é subir e descer rápido o bastante para dar estalos no ouvido. O que sempre foi possível até que surgiram os radares e quebramolas que produzem elucubrações criminosas quanto às autoridades constituídas.

Baixada, último pedágio e o Rio te recebe a peidos. O fedor é evitado fechando o ar de fora. Vantagens da modernidade.

Engarrafamento óbvio num viaduto da linha vermelha, tudo parado e tudo balançando. Graças a um engenheiro amigo, aprendi que: se não balançar, essa merda cai e babau! Então, faço cara de paisagem e tento abafar, com fartos goles de água, a vontade de fumar. O que é totalmente desaconselhável nesse trecho porque se abrir o vidro o fedor tira todo o sabor do cigarro. Se não abrir budunzeia o carro todo e arde o olho.

Linha Vermelha, velocidade máxima 90km/h. Velocidade real 10km/h. Perimetral, velocidade máxima 80km/h. Velocidade real 12km/h. Aterro, velocidade máxima 70km/h. Velocidade real 90km/h.

Escapo com galhardia de todas essas armadilhas, Prado Júnior, avenida Atlântica, Leme. Cheguei.

Como sempre, nos últimos tempos, jurando que não vale mais a pena vir de carro. Mas, amanhã passa e começo a babar pela volta.

O que é uma outra história...

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