domingo, 11 de julho de 2010

FECHAM-SE AS CORTINAS

Além do show absoluto de imagens - 32 câmeras por jogo, supercâmera lenta e outras mudernidades - a Copa 2010 mostrou algumas grandes diferenças em relação à anterior.
Começando pelo comportamento dos jogadores. A grande maioria demonstrando genuíno orgulho, vontade de jogar e de vencer. Por incrível que pareça, em 2006 várias vezes esses sentimentos não só não apareceram como em algumas ocasiões apareceram descaradamente ao contrário.

Além disso, tivemos também inacreditáveis (para quem está acostumado com o futebol tupiniquim) situações de cavalheirismo e civilidade não só entre os jogadores como também nas atitudes dos técnicos. Exceções que confirmam a regra, Dunga saindo batido sem cumprimentar os jogadores e adversários após a derrota para a Holanda e a anta do Domenech evitando cumprimentar o Parreira. Tanto do Dunga, pelo seu comportamento constante, quanto do Domenech, um técnico que convoca pelo horóscopo, não poderíamos mesmo esperar grandes coisas.

De bom também fica a sensação que a tecnologia vai, cada vez mais, fazer parte do jogo. Não só em relação às transmissões (para 2014 já estão prometendo mais avanços em 3D) como, principalmente, em relação à arbitragem.
Aparte irresistível: um dos melhores “Felipe Melo Facts” diz que quinze pessoas se machucaram assistindo ele jogar em 3D.
Back to the cold cow, o argumento da FIFA (defendido, é claro, pelo Ricardo Teixeira) de que aumenta o tempo de jogo, gera grandes paralisações, etc, não procede. Basta apurar o tempo gasto com reclamações, empurrões, pressões no juiz e tudo mais que cerca qualquer falta mais próxima da área. Uma rápida consulta ao replay ajuda o juiz, resolve a coisa e... Segue o jogo!

Falando nisso, o Roberto Rosetti, juiz de Argentina X México, perdeu a oportunidade de entrar para a história. O telão do estádio repetiu a jogada do gol em impedimento do Tevez e ele poderia ter voltado atrás invalidando o lance, montando um melê danado e criando jurisprudência. (Alô advogados, o argumento procede?) Em vez disso, ele enfiou o galho dentro e se aposentou despontando para o anonimato quando podia ter sido o precursor de uma nova era.

No campeonato de marcas, a Adidas deitou e rolou. Além de ser a dona da jabulani, entre os oito finalistas colocou a Argentina, Paraguai, Alemanha e a campeã Espanha. A Puma teve Gana e Uruguai e a Nike, Brasil e Holanda.

Nas transmissões, como não tenho saco pras tv's abertas, fiquei entre SPORTV e ESPN. Por pouco tempo. A SPORTV com Milton Leite, Noriega, Marcelo Barreto, Lédio Carmona e vários outros, deu um banho. Enquanto a provinciana ESPN, com Tr(argh)jano, Juca-senil-Kfoury e outros bobinhos, passou a Copa se auto-elogiando, sempre atrasada, reclamando de tudo e mostrando que pra ser ruim, ainda vai ter que melhorar muito.

Vida que segue: 3a. feira, ao vivo, Coritiba X Bragantino pela série B do campeonato brasileiro. UAU!!!

6 comentários:

  1. Solução para arbitrar corretamente: Levar um celular com TV no bolso pra ver o lance com zoom e cãmera lenta! Simples.
    Ou a FIFA instalar um telão no estádio pra mostrar os lances duvidosos.

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  2. Com relação ao juiz que apitou Argentina e México, Sr. Roberto Rosetti, invalidando gol legítimo do México, cutucado como me senti por ser advogado, tenho que a proposta colacionada acima seria o mínimo que se pode esperar de gente honesta. Referido elemento poderia ter mudado a súmula. Por outro lado, antes mesmo de se criar jurisprudência para erros absurdos, corrigidos posteriormente, há que haver hombridade para reconhecer erro de tal monta. Será que ele tem? Abç. DuduGouvêa

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  3. Vera,
    boa a idéia do celular!
    Abs,
    Tiago.

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  4. Dudu,
    "proposta colacionada" é ótimo.
    Só perde para "apertada síntese"...
    Abs,
    Tiago.

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  5. Sou uma fã incondicional desse espaço, da forma como você escreve, das pauta... tudo sempre excelente.

    E parabéns por ter sido o primeiro a conseguir colocar em palavras aquilo que sempre senti pela ESPN. Tr(argh)jano, Juca-senil-Kfoury? Fantástico.

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  6. Coisa boa de ouvir é elogio. Ainda mais quando vem de gente mais competente que a gente...
    Abs,
    Tiago.

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