quarta-feira, 9 de junho de 2010

ANTES DE NOS DAREM PRISÕES DE SEGURANÇA MÁXIMA,

POR QUE NÃO NOS DÃO RUAS DE SEGURANÇA MÍNIMA?

(Pra variar, essa frase do Millôr Fernandes é perfeita.)

Uma mulher madura, bonita e bem vestida, esperando um táxi às 5 da tarde numa movimentada avenida de BH, teve sua bolsa puxada por um sujeito. Reação instintiva (e bem feminina, diga-se de passagem), ela agarrou-se à bolsa. Resumo da ópera: caiu e foi arrastada por alguns metros. Os passantes, como sempre, fingem que não estão vendo nada.
Um segurança (?) de uma loja próxima chegou perto e gritou para o sujeito largar disso. E ele largou! A explicação é que o meliante não era da favela próxima e, assim, teria ficado com medo de represálias dos “donos do pedaço”.

A cidadã, tirante a momentânea compostura, não perdeu nada. Só (???) levou um grande susto, alguns arranhões, uma semana de dores musculares e um trauminha urbano comum nos dias de hoje.
Tão comum que, “all in”: todos os que lerem isso terão histórias parecidas – ou bem piores – pra contar.

E vida que segue...

4 comentários:

  1. Olá Tiago Cruz,

    A cidade onde vivo (Porto-Portugal),não faz muito tempo quase não havia cenas dessas. Agora já começou a ser vulgar uma senhora ser arrastada até largar a bolsa.

    O que é mau aprende-se depressa, não é?

    Gostei do seu texto e do seu blogue.

    Um abraço.

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  2. Benvindo, Joseph.
    Bom saber que tenho leitor d'além mar! Esse é o lado bom da tal de "globalização". Do lado ruim temos exemplos todo dia, né não?
    Abs,
    Tiago.

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  3. A mulher do fato...
    Ola Thiago, adorei a sua iniciativa.
    O pior de tudo isso não são as dores musculares ou a descompostura mas a sensação frequente de alarme, quando alguem, seja quem for, amigo ou desconhecido, se aproxima de você. Mas como você mesmo diz "e vida que segue".
    Abraços

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  4. "A mulher do fato" é ótimo!
    Você tem razão. O pior deve ser a constante sensação de ameaça; mas passa.
    (Tomara que não seja só uma rima fácil...)
    Abs,
    T.

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