domingo, 27 de dezembro de 2009

RÉVEILLON

Festa chique, champagne jorrando tanto quanto propina em Brasília, convidados selecionados, casa com varandão envidraçado dando vista pro estacionamento cheio de exibições de “olha-como-estou-cheio-de-grana”.

Cinqüenta e alguns anos, a cidadã (já com voz pastosa) se aproxima do alvo e inicia a conversa com objetividade própria das altas executivas:
- Sabe qual o problema? Passei de cinqüenta. Quem é da minha faixa quer comer a minha filha que tem trinta. Quem quer me comer ou tem a idade do meu pai ou é garotão de olho na minha grana (suspiro). Então, tá difícil dar uma trepadinha... (outro suspiro mais fundo)

O calhorda, com a maior categoria, responde:
-Queísso, fica assim não. Vamos tomar mais uma... Diz aqui: sua filha é aquela ali de vestido vermelho...?

Pano rápido.

Obs.: baseado em fatos reais. (Benditas conversas de botequim. Valeu, Muxyba!)

Um comentário:

  1. Kkkkk... Coroa sem noção e interlocutor canalha. Combinação perfeita para piada sacana!

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