terça-feira, 1 de setembro de 2015

COISAS DE VELHO


Peraí.
"Coisas de velho" é o cacete (também é, mas entendam que a intenção é outra)!
Nós, os velhos, temos um handicap imbatível: o tempo.
Que permite comparações e análises entre o que já foi e o que está acontecendo. Assim, teoricamente, temos mais chances de errar menos.

Me parece muito provável que quando o primeiro primata colunista social rosnou para o outro uma fofoca sobre a peludinha da caverna vizinha, a comunicação, desde então dominada pelos velhos, tenha se voltado para os jovens.

É a lógica da preservação da espécie: imagina você, desde que se entende por gente, sendo bombardeado de todos os lados com
"Velho é Bom! Velho é Tudo!".
Pô! Considerando a preguiça humana, qualquer um senta nas fichas e espera chegar a velhice.
Aí a tal da humanidade não progride e vai pro saco.
Então, "Jovem é Bom! Jovem é Tudo!".

(Ok, mas não precisava exagerar...)

E esse bla-bla-bla todo me veio ao ligar a "mardita máquina" e dar de cara com o doodle do google.
Gostei muito!

Da marca gostei também mas, convenhamos, podia ser até em Comic Sans que a gente ia se acostumar. Ou, mais provável, entranhar rapidinho.
O que, convenhamos de novo, é o nirvana de qualquer marca.

Mas o doodle tem uma coisa que gosto: o "gracejo" da mãozinha apagando o último rabisco e consertando o "e" no final.
Eu sei que é mais do que manjado mas, quando bem usado, sempre me agrada.
Coisas de velho.

(Obs.: o Guardian publicou hoje uma matéria sobre a nova marca que, incrível coincidência, poderia ser assinada por qualquer publicitário tupiniquim. Ou seja, um emaranhado de lugares comuns enxertados no release: http://www.theguardian.com/technology/2015/sep/01/google-logo-history-new-doodle-redesign)

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