Afinal, o fato do tricolor das Laranjeiras ter vencido as últimas três edições do estadual com uma equipe tida como imbatível, acabou sendo um prazer a mais para os rubro-negros e, consequentemente, aumentando a rivalidade entre os dois clubes.
O Flamengo, de forma surpreendente, venceu o campeonato com duas rodadas de antecedência.
Contudo a última rodada tinha frente a frente Fluminense x Flamengo, nas Laranjeiras e muita coisa em jogo.
O tricolor queria vencer de qualquer jeito, pois se o título já estava nas mãos do rival, a invencibilidade ainda não. E uma vitória representaria jogar “água no chope” no caneco rubro negro.
Afinal de contas, até ali (1906-19), das 14 edições do Estadual apenas em três oportunidades o campeão fechou sem nenhuma derrota: Fluminense em 1908 e 1909 (ambos em 10 jogos) e o Flamengo em 1915 (12 jogos).
Enfim, chegou a última rodada, no dia 19 de dezembro de 1920.
Com sede de vitória, o Fluminense abriu o placar aos 16 minutos com o atacante Zezé. Mas o Flamengo empatou com Candiota aos 31 minutos.
Na segunda etapa, novamente o Fluminense voltou a passar a frente do placar, logo aos 4 minutos por intermédio de Welfare. Contudo, o Flamengo provou que o título não foi à toa e voltou a empatar aos 15 minutos com Valdemar.
Fim de jogo e o Flamengo festou mais uma conquista na casa do rival, com direito a empatar em número de conquistas invictas com o Tricolor: dois para cada lado.
Aníbal Candiota (marcado na foto), conhecido como "Rei do Passe" (devido à precisão de seus lançamentos), começou sua carreira no Guarany de Bagé, transferindo-se para o Cruzeiro de Porto Alegre e para o Flamengo-RJ.
Foi o primeiro jogador do Flamengo a marcar um gol pela Seleção Brasileira em 1921, na vitória por 3x0 sobre o Paraguai.
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