sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

ACORDAÍ, PÔ!

 
Segundo Wanderley Guilherme dos Santos, em seu primoroso ensaio “Quem dará o golpe no Brasil?” publicado em 1962,
“Quando o povo se organiza e sai às ruas, ou mesmo quando sai às ruas desorganizadamente, em defesa das riquezas nacionais, a quem pode incomodar um movimento dessa natureza?
Evidentemente que o povo nas ruas por um objetivo dessa espécie só pode ser inconveniente àqueles que têm como meio de vida a malversação das riquezas nacionais, a esses e a ninguém mais.
Ora, esses constituem a absoluta minoria da população brasileira, de onde se conclui sem dificuldade que, no exemplo considerado, a manifestação do povo se faz a favor da maioria da população e contra a pequena minoria que vive da traição à maioria.”

Um pouco antes, em torno de 340 anos antes de Cristo, Aristóteles dizia que “A melhor forma de organização política é um sistema misto de democracia e aristocracia, chamado politia, para evitar os conflitos de interesses entre os ricos e pobres.”

É dele também a ideia de que o homem é um animal político, isto é, que faz parte da natureza humana se organizar politicamente.

E segundo as sábias palavras do Fraguinha, meu filósofo predileto da Barra da Tijuca, “Não há salvadores da Pátria. Tudo é manipulado em favor de um bando de safados, não importa o partido ou se são de direita ou esquerda.”

No meu modo de ver, é isso que estamos vivendo.
Então, acho que vale mais a pena difundir ideias que visem a restauração de um mínimo de moralidade e honestidade no trato público do que ficar defendendo ou atacando Barbosas, Barrosos, Aécios ou Dirceus de ocasião.

E vamos ao carnaval. (Como se não fosse carnaval o ano inteiro!)

3 comentários:

  1. Não há como difundir idéias a um povo, se este povo carece de educação, de conhecimento, de informação, que leva à análise, que desenvolve o senso crítico. A manipulação só é possível nesta condição, esta que não pode mudar, porque contrariaria os interesses de quem se beneficia e se perpetua com o voto cabresto.
    Vitor Lemos

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    1. Concordo.
      Mas, o que me espanta é ver gente esclarecida (?) tratando a política como futebol; ou seja, só o meu time é que presta e o resto é resto...

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  2. Eu tenho muitos ídolos no futebol e na música, mas nenhum na política. Muito pelo contrário, sinto como brasileiro, que nos falta o mínimo. Eu votarei por uma possível mudança, em incrédula e última alternativa, porque não me alinho à Cuba de Fidel, à Venezuela de Maduro e à institucionalização da corrupção e loteamento do poder, e não me sinto de direita por isto. A despeito das linhas ideológicas, todos precisam procurar observar o que nos cerca com olhos neutros.
    Vitor Lemos

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