“Quando o povo se organiza e sai às ruas, ou mesmo quando sai às ruas desorganizadamente, em defesa das riquezas nacionais, a quem pode incomodar um movimento dessa natureza?
Evidentemente que o povo nas ruas por um objetivo dessa espécie só pode ser inconveniente àqueles que têm como meio de vida a malversação das riquezas nacionais, a esses e a ninguém mais.
Ora, esses constituem a absoluta minoria da população brasileira, de onde se conclui sem dificuldade que, no exemplo considerado, a manifestação do povo se faz a favor da maioria da população e contra a pequena minoria que vive da traição à maioria.”
Um pouco antes, em
torno de 340 anos antes de Cristo, Aristóteles dizia que “A melhor forma de organização política é um sistema misto de democracia
e aristocracia, chamado politia, para evitar os conflitos de interesses entre
os ricos e pobres.”
É dele também a ideia
de que o homem é um animal político, isto é, que faz parte da natureza humana
se organizar politicamente.
E segundo as sábias
palavras do Fraguinha, meu filósofo predileto da Barra da Tijuca, “Não há salvadores da Pátria. Tudo é
manipulado em favor de um bando de safados, não importa o partido ou se são de
direita ou esquerda.”
No meu modo de ver, é
isso que estamos vivendo.
Então, acho que vale mais a pena difundir ideias que visem
a restauração de um mínimo de moralidade e honestidade no trato público do que
ficar defendendo ou atacando Barbosas, Barrosos, Aécios ou Dirceus de ocasião.
E vamos ao carnaval.
(Como se não fosse carnaval o ano inteiro!)
Não há como difundir idéias a um povo, se este povo carece de educação, de conhecimento, de informação, que leva à análise, que desenvolve o senso crítico. A manipulação só é possível nesta condição, esta que não pode mudar, porque contrariaria os interesses de quem se beneficia e se perpetua com o voto cabresto.
ResponderExcluirVitor Lemos
Concordo.
ExcluirMas, o que me espanta é ver gente esclarecida (?) tratando a política como futebol; ou seja, só o meu time é que presta e o resto é resto...
Eu tenho muitos ídolos no futebol e na música, mas nenhum na política. Muito pelo contrário, sinto como brasileiro, que nos falta o mínimo. Eu votarei por uma possível mudança, em incrédula e última alternativa, porque não me alinho à Cuba de Fidel, à Venezuela de Maduro e à institucionalização da corrupção e loteamento do poder, e não me sinto de direita por isto. A despeito das linhas ideológicas, todos precisam procurar observar o que nos cerca com olhos neutros.
ResponderExcluirVitor Lemos