sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

SAUDADE? ARREPENDIMENTO?

A saudade é provocada por lembranças, procede?

Lembranças estas que, talvez, possam evocar um sentimento de perda, de querer de volta, ou outras bobagens no gênero.
Ainda bem, não fui premiado com essa cruz. (Já basta o nome.)

Em mim, a tal da saudade tem a fugacidade de um flash. Então, dada a rapidez da sensação, seja boa ou ruim, não provoca nada mais do que a lembrança pura, simples e fotográfica.

O que me livra de outro sentimento correlato - o totalmente dispensável arrependimento, que é a mola mestra das religiões: “Arrependei-vos, infiéis!”
Katzo! Arrepender de quê? Por quê?
Se está feito, está feito. Nada vai mudar.

Arrependimento não serve pra nada.
Ou, por outra, pode servir para alimentar a saudade.
E aí, vira um círculo vicioso cujo, graças a Deus, não me pegou.

2 comentários:

  1. Já errei mais do que acertei, ainda bem! Digo, ainda bem, porque senão não teria aprendido com os meus erros. Ninguém aprende com os acertos! Daí, não tenho arrependimentos, nem poderia. Erros e acertos fazem parte da vida, mas saudades?... Tenho muitas, cada uma maior que a outra! Aquele amigo que perdi, e que descobri insubstituível..., o meu pai..., o primeiro tudo, porque tudo é melhor na primeira vez..., a infância, a idade da inocência, da fascinação em que tudo é graça, idade em que tudo é colorido, em que as coisas minúsculas assumem proporções gigantescas, enormes, assustadoras... Vitor Lemos

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