à triste conclusão de que faço parte do segmento Médio-Médio.
Explico. Nós, os Médios-Médios, parecemos com as imagens das águas-vivas no Discovery: somos instigantes, nos movimentamos bem, somos de difícil decifração mas,
não passamos disso.
Tudo que fazemos, fazemos um pouquinho acima da média.
Mas, nunca estamos satisfeitos e sempre achamos que o resultado poderia ter sido melhor.
Sempre achamos que ficou faltando só mais um pouquinho pra gente
chegar lá.
E escondemos de nós mesmos a certeza absoluta de que a gente nunca
vai chegar lá.
Até porque, não sabemos bem o que é isso de chegar lá.
E principalmente: onde fica esse “lá”?
E principalmente: onde fica esse “lá”?
Essa é a resposta de um milhão de dólares. (Pura figura de linguagem uma vez que, como todos sabemos, um milhão de dólares hoje é troco entre a corja que nos representa. Mas, vale a imagem.)
Back to the cold cow, vivo repetindo pra mim mesmo que o “lá” não existe. Que não passa de uma meta que jamais será alcançada.
Mas, não adianta. Como todo Médio-Médio que se preze, estou fadado a atravessar a existência com a vã esperança de, pelo menos, conseguir entender o significado desse torturante “lá”.
Tudo bem: podemos investir no pensamento pollyanna e resolver que somos lindos, ungidos, que tudo o que fazemos é espetacular, damos tudo de si por nós e por nossa equipe e segue a vida, vou pra Miami semana que vem e eu não quero pensar nisso e você é um chato.
Mas, basta?
Se sim, você é um cara feliz.
Se não, você é um Médio-Médio.
Bem vindo a bordo.
Definitivamente, não sou um cara feliz! E isto ocorre com todos aqueles que não se contentam em estar aqui, e sonham estar lá.
ResponderExcluirVitor Lemos
Tiago, lá é onde você quiser que seja. Sai pra lá baixo astral. Muitagrana muitagrana muitagrana muitagrana muitagrana...
ResponderExcluirMédio-Médio. Presente. Que bosta!
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