sábado, 27 de março de 2010

ELEIÇÕES PRA QUE?

Alô classe média (e média-alta, média-baixa, média-média, o que quiserem), até quando vamos viver nessa pseudo inocência utilíssima?
Até quando vamos ficar lendo, vendo e ouvindo os ridículos “conversei agora a pouco com o ministro...” e todas as outras manipulações de revistas, jornais, televisões, rádios, portais, sites, blogs et caterva?

Vamos continuar aceitando que todos eles, jornalistas, intelectuais, cientistas políticos, a mídia em geral (sem contar o caetano), por mais que finjam se abrigar na, cada dia mais cínica, “busca da verdade”, continuam, como sempre, cooperando para a manutenção dessa corja que habita o planalto e todas as esferas públicas?
Vamos continuar fingindo não perceber que todos eles vivem do nosso dinheiro?
Vamos continuar sem atitude para parar essa esbórnia?

Aposto que sim. Vamos todos continuar indignadíssimos passando e repassando e-mails até que apareça alguma falcatrua na qual possamos participar porque afinal, “Você entende, né? Tenho que me arrumar...”
Pobre país cheio de revoltados até a página dois. Na página dois está escrito: “Revolte-se, de preferência com um 12 anos tilintando nas mãos, até que você se arrume.”

Mudam as moscas, mas a merda já não permanece a mesma. Está é fedendo cada vez mais.
E nós, simpsons revoltadíssimos, assistindo o jornal nacional e saindo amanhã cedo para tentar enganar o próximo como a nós mesmos.
Ô bonitão! É esse o país que você sonhou para seus filhos, netos? Deve ser.
“Vai lá e engana melhor do que eu te ensinei... Meeeu garooto!”
Afinal, temos oito mil quilômetros de litoral, brasileiro é assim mesmo e vamos nessa de “se dar bem” porque sábado tem praia, futebol, churrasco, olho na bunda da vizinha, novela, bbb e vida que segue.

Não adianta querer disfarçar. Nós criamos essa situação. Nós elegemos essa corja. Nós mantemos essa corja, seja pelo voto, seja pela indiferença.
Mas, então, o que fazer?
Acreditar no impensável: vamos viver sem essa praga. Vamos viver sem precisar desses parasitas que, emporcalhando o país, há séculos se perpetuam na exploração de muitos para proveito próprio.
Como? Consciência, irmão! Use um pouco (ou muito) do seu tempo procurando quem vai merecer o seu voto (deve haver, tem que haver!). E não pense em votar naquele que pode te arrumar uma “boquinha”. Pense em quem pode te ajudar a reconstruir o país. Honestidade é algo completamente fora de moda, mas, pode ter certeza, ainda é a melhor - ou única - alternativa.

Um comentário:

  1. Será que estamos todos indignados mesmo? Nossa falta de posicionamente e atitude levam o país a isso. Porém, nossa constituição da república nos impõe uma ordem absurda: a obrigatoriedade do voto, sob pena disso, daquilo etc. Queria ver se o voto fosse realmente livre. Pela imposição, cidadão acaba indo às urnas, numa má vontade que dá dó, oportunidade em que ele acaba escolhendo o pilantra ou os pilantras. DuduGouvêa

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