quarta-feira, 1 de junho de 2016

NINGUÉM VALE NADA?


Mais sobre estupro.

Claro, acho importante toda a repercussão, a atenção para esses acontecimentos infelizmente corriqueiros na nossa realidade, mas que de tempos em tempos, dada a 'escatologia' da coisa, geram grande revolta e textos primorosos como o do Xico Sá (que vocês podem ler num post de sábado passado - logo aí embaixo).

Como também geram idiotias inacreditáveis como podemos constatar a partir do "silêncio ensurdecedor" dos malafaias e felicianos da vida, além de declarações estapafúrdias de outras "personalidades" do mesmo naipe.

Acompanhadas, lógico, por todas as manifestações instantâneas nas 'redes sociais' carentes, como sempre, de um mínimo de raciocínio ou atenção maior à credibilidade das 'notícias'.
Tanto de um lado quanto de outro.

Antes que eu seja apedrejado quero deixar claro que não me interessa se a moça foi comida por 3 ou 30, não me interessa se ela é 'vagaba', não me interessa nenhum juízo sobre se alguém é inocente ou culpado.

Concordo com tudo o que seja contra qualquer ato dessa natureza.

Mas, lendo as considerações do Luis Nassif (http://jornalggn.com.br/noticia/a-moca-estuprada-seu-celular-e-a-testemunha-de-acusacao), o que menos me importa - agora - é o fato em si. E, sim, a maneira como é tratado na mídia.

Pra mim, é mais uma comprovação que o jornalismo - leia-se "grande mídia" - está se tornando um forte concorrente ao prêmio CZT - Credibilidade Zero Tupiniquim, perdendo somente - o que não é nenhuma vantagem - para os políticos.
(Ou será que sempre foi e, agora, com a internet, está ficando mais e mais descarado?)

Ousando parafrasear o imortal Millôr:
Jornalismo é isenção. O resto é armazém de secos e molhados.

("Intendeu ou não intendeu?")

ATUALIZAÇÃO
Bem a propósito, segue link para a "Carta do EXTRA aos leitores que não viram um estupro no estupro".
http://extra.globo.com/casos-de-policia/carta-do-extra-aos-leitores-que-nao-viram-um-estupro-no-estupro-19410619.html

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