De que adianta elegermos,
pelo voto direto, um Presidente da República
se a tal da 'governabilidade'
depende de um congresso eleito pelos mais complexos malabarismos?
De que adianta acreditar
em programas de governo se esses dependem de 513 seres que lá estão sem a menor
representação do povo?
Se não, vejamos:
desses quinhentos e treze, trinta e seis foram eleitos com votos próprios. (7,02%!)
O resto veio no vácuo
do tal 'quociente eleitoral'. Uma excrescência que permite que 477 deputados
sejam eleitos sem terem um mínimo de votos próprios. (Só o Tiririca botou cinco 'famosos quem'.)
Que moral esses caras
têm para se dizerem 'representantes do povo'?
Perguntinha mais
besta, né?
Afinal, hoje em dia, relacionar
moral, honestidade, dignidade, etc, com deputados é mais ou menos como vermos
Alexandre Frota fazendo propostas para a educação.
Outra perguntinha,
essa mais chata:
Você, indignado leitor,
lembra em que deputado votou na última eleição?
E antes que me encham
o saco vou logo avisando que sempre anulei o voto nessa corja com uma única
exceção: Patrus em 2002.
Eleito direto com 520.045 votos mais o meu.
(Momento cultura inútil: o cidadão, entre muitas outras mais importantes qualidades,
nasceu no mesmo dia e ano que eu.)
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