Quando a lama virou
pedra
E Mandacaru secou
Quando ribaçã de sede
Bateu asa e voou
Foi aí que eu vim me
embora
Carregando a minha dor
Hoje eu mando um
abraço
Pra ti pequenina
Paraíba masculina,
Muié macho, sim sinhô
Paraíba masculina
Muié macho, sim sinhô
Eta pau pereira
Que em Princesa já
roncou
Eta Paraíba
Muié macho sim sinhô
Eta pau pereira
Meu bodoque não
quebrou
Hoje eu mando
Um abraço pra ti
pequenina
Paraíba masculina,
Muié macho, sim sinhô
Paraíba masculina
Muié macho, sim sinhô
Esta música, um primor
de duplo sentido, foi composta por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira em meados
de 1950.
"A música nada
mais é do que uma reedição da expressão criada em 1929, após a coligação
oposicionista dos políticos do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba –
liderados por Getúlio Vargas e João Pessoa de Queiroz, então governador da
Paraíba – perder o pleito para Júlio Prestes, o que levou a Revolução de 30. A
atitude da Paraíba foi tida como 'coisa de macho' por todo o País."
Mas, acho eu, o fato
de no sudeste, desde que me entendo por gente, o termo "paraíba" ser
pejorativamente associado às lésbicas e aos nordestinos, fez com que a
autoestima do sofrido povo do nordeste em geral e da Paraíba em particular, levasse um direto no queixo.
Golpe esse tão forte que
só agora pode estar começando a ser superado. Tanto pelo desenvolvimento
natural do povo quanto por um pequeno lapso de realidade - insuportável para os
que concordam com a "bovinice" preconizada pelos mainardis da vida: o
nordeste está numa boa enquanto o "sul maravilha" está babando por um
bom banho.
Abaixo um vídeo que dá
uma geral no assunto.
Bem feito, apesar de, aos 2'18" o narrador soltar
esta pérola:
"A expressão que, para muitos, degrine a imagem da mulher paraibana..
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