sábado, 2 de novembro de 2013

MINEIRAGENS

Todos já estamos cansados de saber das maravilhas de Minas: o povo hospitaleiro,
o jeitim di falá, a cachaça, o pão de queijo
e tantos outros lugares comuns que formam
a tal da mineirice.
Tão incensada e repetida por políticos, artistas
ou qualquer pessoa que esteja sem assunto
no facebook.

Mas, ninguém fala das mineiragens.

Quer ter uma aula de “poker-face”? É simples: basta apresentar uma campanha publicitária para um cliente mineiro. Ele não move um mísero músculo, cai em profundas reflexões e, finalmente, diz que vai te ligar depois.
Se ele gostar, vai colocar uns defeitinhos e, com cara de quem está te fazendo uma caridade, vai faturar uma grana preta com sua ideia.
Mas, jamais vai dizer que gostou.
Se não gostar, ele se transforma num executivo ocupadíssimo que não pode te atender.

Mineiro nunca diz não. Ele segue os ensinamentos do filósofo Costinha: “Ignora, finge que não é concê”.

Diz a lenda que se você levar uma ideia para um paulista, um carioca e um mineiro, o paulista te pergunta: Quanto EU vou ganhar com isso?
O carioca pergunta: Quanto NÓS vamos ganhar nessa parada?
E o mineiro, te olhando enviesado: Quanto VOCÊ vai ganhar com isso?

Aí você responde que vai ganhar 20 e ele 80.
“Sei não... Acho que num quero não...” É a resposta mais comum.
Caso você responda que vai ficar empatado ou no prejuízo e ele deve ganhar uns 10 ou 15, ele fecha negócio na hora. No fio de bigode!

Otto Lara Resende, em sua frase mais famosa, dizia que o mineiro só é solidário no câncer. Já ficou no passado porque hoje em dia câncer tá igual gripe. A frase dele que está valendo como nunca é:
“A tocaia é a grande contribuição de Minas à cultura universal.”

2 comentários:

  1. MUITO BOM, EM ESPECIAL O CARIOCA, PAULISTA E O MINEIRO.
    O CIDADÃO CONTINUA INSPIRADO.
    ABS., DÊNIS

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