quarta-feira, 10 de agosto de 2016

IN MEMORIAN

Todos nós colecionamos amigos pela vida afora.

Alguns se tornam ex-amigos, outros se tornam amigos distantes (não no sentido físico, mas no sentido afetivo) e alguns poucos, não importando a distância ou a pouca convivência, se mantém ativos em nossos sentimentos e atenções. (Graças a Deus.)

Dentre esses poucos, várias vezes temos desavenças, discussões, etc, mas o sentimento segue inabalável.

E, agora há pouco, fiquei sabendo que um desses se mandou hoje.

Acho que acontece com todo mundo ao receber notícias desse naipe: imediatamente começou a passar pela minha cabeça um filme - estilo "documentário desencontrado do cinema novo" - com incontáveis situações que passamos juntos.

Para minha surpresa, constatei que em relação a esse amigo, nunca tivemos sequer um mimimi. Coisa rara que só aumenta a tristeza.

Pra mim, o esperançoso "Descanse em Paz", não se aplica ao cidadão - considerando que ele nunca precisou de descanso - uma vez que sempre viveu boiando num bom humor imensurável.

Então, prefiro acreditar que possamos nos encontrar em alguma dimensão inexplicável para podermos continuar a rir como sempre fizemos.

Enquanto isso, fica a saudade.
Abração, Marcelo "Bibico" Daibert!

2 comentários:

  1. Já perdi três dos cinco amigos que me acompanharam desde a adolescência, incluindo o melhor deles, e isto torna a vida muito, muito, muito mais sem graça.
    Vitor Lemos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É deveras complicado.
      No caso em questão, pelo menos resta o consolo de ter sido um descanso mesmo. Porque o cidadão estava sofrendo com sequelas de um acidente de moto há uns 4 ou 5 anos.
      Mas, sempre é uma perda!

      Excluir