sábado, 29 de janeiro de 2011

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

A questão é a seguinte: o cidadão escreveu coisas maravilhosas.

Pra mim, um ser humano completamente rudimentar em poesia, depois de “José” (http://www.carlosdrummonddeandrade.com.br/poemas.php?poema=10) o ingresso já estava pago.

Já a “Quadrilha” me parece uma brincadeira, um truque de palavras.
Coisa de quem está à toa numa quarta-feira de tarde.

A corrente contrária afirma que “Quadrilha” é uma visão profunda das relações humanas e da volatilidade da vida em geral.

E você? O que acha?


Quadrilha

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.

6 comentários:

  1. Ele escreveu abobrinha também...
    Mas fui ao link que você indicou (valeu!) e do que havia lá pesquei meus dois favoritos (gosto pra poesia é individual mesmo!): "Um boi vê os homens" e "A bunda que engraçada".

    Matias

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  2. Drummond, por ser mineiro e tímido
    sofreu, não assumiu, versou
    seu segredo mais sofrido.
    Se carioca fosse, revelaria, e sem rival
    teria de baiana vestido,
    saído pro carnaval.
    --- o ---
    O ser busca o outro ser, e ao conhecê-lo
    acha a razão de ser, já dividido.
    São dois em um: amor, sublime selo
    que à vida imprime cor, graça e sentido.

    "Amor" - eu disse - e floriu uma rosa
    embalsamando a tarde melodiosa
    no canto mais oculto do jardim,
    mas seu perfume não chegou a mim.

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  3. Não fui eu dessa vez!
    Juro1

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