quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

PARAÍBA


Quando a lama virou pedra
E Mandacaru secou
Quando ribaçã de sede
Bateu asa e voou

Foi aí que eu vim me embora
Carregando a minha dor
Hoje eu mando um abraço
Pra ti pequenina

Paraíba masculina,
Muié macho, sim sinhô
Paraíba masculina
Muié macho, sim sinhô

Eta pau pereira
Que em Princesa já roncou
Eta Paraíba
Muié macho sim sinhô

Eta pau pereira
Meu bodoque não quebrou
Hoje eu mando
Um abraço pra ti pequenina

Paraíba masculina,
Muié macho, sim sinhô
Paraíba masculina
Muié macho, sim sinhô

Esta música, um primor de duplo sentido, foi composta por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira em meados de 1950.

"A música nada mais é do que uma reedição da expressão criada em 1929, após a coligação oposicionista dos políticos do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba – liderados por Getúlio Vargas e João Pessoa de Queiroz, então governador da Paraíba – perder o pleito para Júlio Prestes, o que levou a Revolução de 30. A atitude da Paraíba foi tida como 'coisa de macho' por todo o País."

Mas, acho eu, o fato de no sudeste, desde que me entendo por gente, o termo "paraíba" ser pejorativamente associado às lésbicas e aos nordestinos, fez com que a autoestima do sofrido povo do nordeste em geral e da Paraíba em particular, levasse um direto no queixo.

Golpe esse tão forte que só agora pode estar começando a ser superado. Tanto pelo desenvolvimento natural do povo quanto por um pequeno lapso de realidade - insuportável para os que concordam com a "bovinice" preconizada pelos mainardis da vida: o nordeste está numa boa enquanto o "sul maravilha" está babando por um bom banho.

Abaixo um vídeo que dá uma geral no assunto.
Bem feito, apesar de, aos 2'18" o narrador soltar esta pérola:
"A expressão que, para muitos, degrine a imagem da mulher paraibana..

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