sexta-feira, 30 de setembro de 2016

GRRR!!!


"O ódio tem uma função terapêutica profunda."
Leandro Karnal

terça-feira, 27 de setembro de 2016

PARALELOS NO INÍCIO DA NOITE


Um está na frente de uma tela recheada de pontos luminosos que, para ele, fazem sentido.

Outro está na frente de uma imensidão azul que, para ele, não importa o sentido.

Um lança apostas virtuais num jogo em que raramente sai vencedor.
Mas, quase sempre sai com a sensação de que aprendeu mais um pouco.

Outro lança apostas reais num jogo em que normalmente sai vencedor. Mas, quase sempre sai com a sensação de que nunca vai compreender bem o que ali se passa.

Ao mesmo tempo em que Um, durante um intervalo, se estica, levanta e vai olhar o mar, o Outro, durante um intervalo, volta, senta e vai olhar o mar.

Nesse meio tempo Eles se olham de longe, mas perto o suficiente para não entenderem como Um e Outro têm prazer no que estão fazendo.

Provavelmente ririam juntos se percebessem que, no final das contas, estão fazendo a mesma coisa.

domingo, 25 de setembro de 2016

ESSE CARA TAMBÉM SOU EU!

QUEM SOU EU?
Postado em 23 de setembro de 2016  por Juremir Machado da Silva

Ser estranho

Tentei ver as séries de televisão e não me apaixonei. Não me pareceram muito diferentes das novelas. Quando falo isso, sou testado e desprezado: “Só porque não viu a…” E lá vem um nome. Confiro. Permaneço indiferente. Tentei usar o Uber e não vi grande diferença para os táxis. Salvo o preço e o fato de que, sem o GPS, nenhum endereço é acessível sem se perder. Achei que os motoristas estavam ganhando muito pouco e abandonei. Além disso, fico desconfortável em carros de mauricinho ou com os motoristas vestindo roupas de domingo e fazendo mesuras de mordomo de novela. Sou um ser muito estranho. Não me encaixo neste mundo.

Não passo de um tipo mui rastaquera.

Gosto, acima de tudo, de poesia numa época em que poeta é sempre alguém do passado. Um ser anacrônico que não se leu. Poeta do presente é tão respeitado quanto um adolescente apaixonado fazendo suas declarações de amor. Acredito no acaso, na incerteza e no imprevisível. Desconfio do termo “científico” aplicado ao mundo social. Vibro quando o inesperado acontece e derruba os donos do saber. Não sou de esquerda nem de direita. Muito menos de centro. Sou anarquista, mas deixei de crer no anarquismo quando vi meus primeiros cabelos brancos aparecerem na imagem melancólica do espelho. Há muito deixei de apostar nas virtudes educativas da arte. Só me distraio.

De tanto pesquisar história, aprendi que nunca aprendemos com nossos erros. O pior sempre pode se repetir ainda pior. A política me ensinou que, na guerra pelo poder, só o poder interessa. Tentei ler os novos cronistas da moda e não percebi novidade alguma. Assisti aos novos humoristas e não esbocei um sorriso. Sou uma mala. Estou parado no tempo. Não amo os velhos nem os novos. Serei um hater? Os haters criticam tudo na internet. Na Wikipédia, li: “Não confundir com troll, que têm um comportamento distinto”. Não percebi a distinção.

Não curto as grandes livrarias dos centros comerciais. Talvez por elas não mostrarem meus livros em pilhas. Sou invejoso e ressentido. Jamais entendi a razão de se dizer shopping. Sou nacionalista, discípulo de Policarpo Quaresma, o personagem de Lima Barreto que defendia o tupi-guarani. Digo Emetevê. Não Emetivi. Quis muito acreditar que se estava combatendo a corrupção no Brasil. Depois de muito insistir, entendi que se tratava apenas de um pretexto de ordem ideológica, o que não absolve os corruptos nem lhes dá privilégios de qualquer natureza. Sou bizarro. Ando sempre na contramão. A pé. Não sei dirigir. Não vejo razão para ter carro.

Entendo que o transporte público deve ser subsidiado mesmo como fazem os países atrasados da Europa (França, Alemanha e outros). O ideal mesmo é que o transporte público seja gratuito. Pago por nossos impostos. Seria melhor assim. Não tenho provas. Mas convicções. Sou esquisito. Criança, torci pelo Inter. Adulto, repórter no Grêmio, torci pelo tricolor. Só de interesseiro. Queria viajar bastante. Voltei a torcer pelo Inter. Hoje, sou ex-colorado.

Nada como a autonomia. Sou um ser estranho.
Nem sempre me reconheço.
Quem sou?
Um ET.

ELEIÇÃO IMPOSSÍVEL


Ao assistir um documentário sobre o Paulinho da Viola, me veio a irresistível tentação de uma perguntinha digna de enquetes perpetradas por sites pseudo cults ou sem assunto ou ambos:

- Quais as 5 melhores músicas brasileiras de todos os tempos?

Ridículo, concordo.

Mas, domingão com vitória incrível do Flamengo de virada sobre o Cruzeiro (o cheirinho está cada vez mais forte), entre as Top 5,
junto com Construção do agora execrado Chico Buarque,
coloco Sinal Fechado do cidadão mais do que gente boa, Paulinho da Viola. (Cujo, cansei de ver jogando pelada aos sábados à tarde nas areias do Leme.)

É importante ressaltar que essa música foi composta no início da década de 70 ou final da década de 60, escolhe aí, e que é uma obra de rara beleza musical.

Ou seja, com, por baixo, 25 anos de antecedência, nosso prezado poeta já vaticinava a ausência de comunicação que nos assola.
Hoje disfarçada em fêicibúquis, zapzap's, intagram's, linkedin's e quantos outros que estiverem na moda.


sábado, 24 de setembro de 2016

PRA VARIAR, ELE DEITA E ROLA!

O cidadão Jorge Mario Bergoglio, vulgo Papa Francisco desde 13 de março de 2013, na minha opinião, acumula um recorde invejável: em três anos e meio de papado não deu nenhum peido errado.
Segue a comprovação: declarações que deveriam virar um "manual de ética" incorporado às redações dos meios de comunicação (risos, muitos risos).

"Jornalismo não pode virar uma arma de destruição"

Entre as recomendações fundamentais de Mario Bergoglio para quem "faz a informação" estão as de "amar a verdade", "viver com profissionalismo", e "respeitar a dignidade humana". Assim, o jornalismo não será transformado em uma "arma de destruição" de pessoas e de povos e "não alimentará o medo em relação aos imigrantes". 

Depois que Viganò e Iacopino fizeram suas primeiras considerações, o Papa revelou como os jornalistas, "quando têm profissionalismo", são "uma coluna importante, um elemento fundamental para a vitalidade de uma sociedade livre e plural" e têm uma "grande responsabilidade".
 

Sobre o fato de que os jornalistas devem "amar a verdade", Francisco explicou que "a questão é ser honesto consigo mesmo e com os outros. Essa relação é o 'coração' de toda comunicação".
 
"Isso é mais verdadeiro para quem faz da comunicação o seu próprio ofício e nenhuma relação pode se reger e durar no tempo se está apoiada na desonestidade".
 

E com o fluxo ininterrupto de fatos 24 horas por dia, "não é sempre fácil chegar na verdade" e que "na vida nem tudo é branco ou preto e por isso no jornalismo é preciso saber discernir os tons de cinza", disse o Pontífice. "Mas esse é o trabalho difícil e necessário de um jornalista: o de chegar o mais perto possível da verdade dos fatos e nunca dizer ou escrever uma coisa que, em consciência, se sabe que não é verdadeira", afirmou Francisco. Já sobre "viver com profissionalismo", o conceito foi ligado por Bergoglio à "necessidade de não se submeter a interesses escusos, seja econômicos ou políticos.
O trabalho do jornalismo, ousarei dizer a sua vocação, é, através da atenção e do carinho pela pesquisa da verdade, fazer crescer a dimensão social do homem, favorecer a construção de uma verdadeira cidadania", explicou o Papa. 

Para Francisco, trabalhar com profissionalismo significa "ter no coração um dos pilares da estrutura de uma sociedade democrática". O religioso também lembrou que "no curso da história, as ditaduras, de qualquer orientação política, sempre procuraram não apenas tomar conta dos meios de comunicação, mas também impor novas regras à profissão dos jornalistas".
 

E sobre "respeitar a dignidade humana", esse conceito é importante porque se trata "da vidas pessoas" e, se uma delas for difamada, ela pode ser "destruída para sempre", disse Bergoglio. "A crítica é legítima, e direi mais, necessária, como uma denúncia ao mal, no entanto o jornalismo não pode se transformar em uma arma de destruição de pessoas e até de povos".
 

Para Francisco, o jornalismo também não "deve alimentar o medo diante às mudanças ou aos fenômenos como as migrações forçadas geradas pela guerra ou pela fome". E por fim, o Papa afirmou que a profissão "é um instrumento de construção, um fator de bem comum, um acelerador de processos de reconciliação".
 

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

PURO ENLEVO


Observando esse espaço aconchegante, diversas considerações constatam a importância de um projeto executado de acordo com as necessidades dos clientes.
Se não, vejamos.

A foto pressupõe a existência de um sofá em primeiríssimo plano.
Cujo está de frente para uma estonteante televisão emoldurada por uma esfuziante iluminação dourada que valoriza e determina a importância do meio de comunicação.

O aconchegante tapete incentiva a boa convivência certamente celebrada quando todos os presentes respondem, em uníssono,
ao "Boa Noite" do Bonner.

A preocupação com a boa forma dos anfitriões que, claro, se instalam no sofá, fica evidente pela distância entre seus assentos e a mesa onde repousam acepipes variados além do obrigatório espumante.
Ou seja, eles se mantém em saudável movimento enquanto aguardam as emocionantes cenas da novela.

Os privilegiados convivas que se localizam nas poltronas - lindas, modernas e que, pela inclinação dos assentos, propositalmente dificultam o ato de alcançar a mesa de centro - são agraciados com o saudável exercício de abdominais, alongamentos e afins.
Além de serem remetidos à agradáveis lembranças dos torneios de tênis que assistiram em Roland Garros, Wimbledon e outros tantos. Uma vez que ficam todo o tempo revirando a cabeça entre a televisão e os anfitriões instalados no sofá.

Estes, além do prazer inenarrável de receber seus convivas, desfrutam de outro prazer maior ainda: pilotar o controle remoto da televisão, do som, da iluminação, da cortina e do bip eletrônico que, quando acionado, provoca saudáveis choquinhos nas partes íntimas dos felizes serviçais.

Resumindo, temos uma aula de como satisfazer a seleta clientela.

IMPRESSIONANTE!


Eu era velho, feio e desinteressante.
As pessoas não me davam papo, não retornavam, fingiam que não me viam na rua e, quando não tinha jeito, sempre abreviavam a conversa com a eterna desculpa da pressa pelos muitos afazeres.

Mas, ao seguir esse método fantástico, minha vida mudou!

Agora todos me cumprimentam, meu telefone não para de tocar, mulheres me lançam olhares cheios de promessas e os amigos...
Já perdi a conta de tantos que eles são!

E qual é esse método fantástico?

É simples, prático e envolve ações que qualquer um pode desenvolver. As principais são:
1. Fique rico e demonstre isso.
2. Em não ficando, finja!

Antes de prosseguirmos, um aviso importante:
ligando AGORA você receberá o método completo por apenas 10 parcelas de R$ 99,99!!!

E agora apresentamos um bônus para você, desinteressante leitor, que deseja mudar radicalmente sua vida social:

Como a segunda opção é mais fácil, vamos ao procedimento básico:
Invista no aluguel - por apenas um dia - de uma BMW dourada ou qualquer símbolo de status no gênero.
Estacione no point da moda, desça com ar entediado, e caminhe lentamente para uma mesa.
Se em 5 (cinco!) minutos sua mesa não estiver apinhada de grandes e velhos 'amigos' e 'amigas', nós pagamos o valor do aluguel da 'machina'.

Saia do ostracismo! Ligue Djá, adquira nosso método completo e garanta seu sucesso social!

terça-feira, 20 de setembro de 2016

OLHA ELE AÍ!



Não o feliciano ou o cunha.
Sim o Pastor Adelio para variar, comprovando a hipocrisia reinante.

E o pior é que isso não assusta ninguém!
Virou coisa corriqueira.






EI, BOCÓS!


A vida real está em cartaz aqui fora.
E ela está esperando por vocês.
E quando ela cansar de esperar vai sobrar o que?
Emojis? Emoticons?

Legal, hein...?
Façam bom proveito.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

O LUAR DE JP


É tão absurdamente maravilhoso que chega a perfumar o ambiente.
Ainda mais às vésperas do dia 20...

sábado, 17 de setembro de 2016

EMPOLGUEI


Olha só essa aula rápida sobre o frevo:

MAESTRO NUNES

Pra mim o frevo é uma conversa entre amigos onde as opiniões são colocadas alternadamente e se complementam umas às outras.
O que, num ambiente de festa, é altamente salutar.
Concorda cordato leitor?

E, falando em frevo, o Maestro Nunes se mandou na 4a. feira passada aos gloriosos 85 anos.

Devo confessar que nunca tinha ouvido falar no Maestro até que li a notícia aqui: 


E all-in que a maioria dos milhares e milhares de leitores também nem dê notícia de quem fosse.
(De minha parte, me escoro no fato de ainda ser apenas um entusiasmado fióte em música nordestina.)

Então, 'primeiramente', apressemo-nos a conhecer essa figura incrível.
(Não deixe de ver, no link aí em cima, um depoimento dele que é uma aula de história.)

SALOMÃO SABIA DAS COISAS

The Byrds que, originalmente era formado por Jim McGuinn, Gene Clark e David Crosby, arrebentou no meio da década de 60 com
"Mr. Tambourine Man" do Bob Dylan e depois com essa "Turn! Turn! Turn!" do Pete Seeger (1919/2014)

Cujo era do balacobaco!

Pioneiro da música de protesto contra a guerra e a favor dos direitos civis, autor das canções "Where Have All the Flowers Gone?", "If I Had a Hammer" e "Turn! Turn! Turn!", que foram gravadas por vários artistas de todo o mundo.
"Where Have All the Flowers Gone?" foi popularizada por Marlene Dietrich Johnny Rivers e Peter, Paul and Mary; If I Had a Hammer", por Trini Lopez e Peter, Paul and Mary.

Na verdade, em Turn! Turn! Turn! ele só fez o título e a última frase: "I swear it's not too late".
O restante é de autoria do Livro de Eclesiastes, tradicionalmente designado como sendo o Rei Salomão.

Segue a letra:
To every thing there is a season, and a time to every purpose under the heaven:
A time to be born, and a time to die;
a time to plant, a time to reap that which is planted;
A time to kill, and a time to heal;
A time to break down, and a time to build up;
A time to weep, and a time to laugh;
a time to mourn, and a time to dance;
A time to cast away stones, and a time to gather stones together;
A time to embrace, and a time to refrain from embracing;
A time to get, and a time to lose;
A time to keep, and a time to cast away;
A time to rend, and a time to sew;
A time to keep silence, and a time to speak;
A time to love, and a time to hate;
A time of war, and a time of peace.


quinta-feira, 15 de setembro de 2016

ÔPA! SLIDE ERRADO!

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

NÃO TENHO PROVAS, MAS TENHO CONVICÇÃO.

Tavam pensando que era política? Rá!
Como dizia Agildo Ribeiro, -"Sí-fu-dê-ram!". (Ou quase.)

É o seguinte: em 2009, na 25a. rodada o Flamengo era 7o. colocado, com 8 pontos atrás do Palmeiras, então líder.

Seguiu batalhando e na 30a. rodada foi à vice-liderança após ganhar do Palmeiras que era e continuava sendo líder desde a 21a.

Wanderley Luxemburgo (argh!) na ocasião técnico do Santos - em cagagésimo décimo terceiro após um empate com o Barueri - faltando oito rodadas para terminar, declarou: -"Deixaram o Flamengo chegar. Agora..."

Aí o time caiu um pouco e voltou à vice-liderança na 35a. rodada agora 2 pontos atrás do São Paulo com o Palmeiras em 3o. - depois de empatar com o Sport Recife - um pontinho atrás de nós.

Na penúltima rodada o Flamengo ganha do Corinthians e o São Paulo perde pro Internacional. Mengão na liderança dois pontos na frente do Inter.

Na última rodada, ganhamos do Grêmio e... Hexa!
Com Andrade, grande jogador e grande técnico logo jogado pra escanteio como era (?) de praxe na Gávea.

Então, é o seguinte: terminamos hoje a 25a. rodada na vice-liderança, depois de um empate com uma expulsão marota ainda no primeiro tempo, sem torcida no estádio por outra decisão marota do stjd, jogando bem, o grupo está fechado, o professor está dando todo o apoio, uma hora dessa voltamos a jogar no Maracanã, contamos com essa torcida maravilhosa e vamos dar tudo de si.

Resumindo: o cheirinho de hepta já virou cheirão e se espalha pela Nação. Nação Rubro Negra, bem entendido.

Porque o cheiro que está vindo da pretensa nação verde amarela é bem outro...
A propósito: Meninos, eu vi! Que powerpointzinho mais safado esse apresentado hoje, hein? Coisa de envergonhar aluno do primário.
(Manja "Primário"?)

terça-feira, 13 de setembro de 2016

QUEM? EU??


Esse cartoon genial, pra variar, do Duke resume meu pensamento sobre esse circo de horrores que vivemos nesses dias obscuros.

Para confirmar meus, primeiramente, maus presságios, dou de cara com a notícia abaixo:

Após 57 anos McDonald's tira do Bob's
o milk-shake de Ovomaltine
O McDonald’s anunciou, nesta terça-feira (13),
seu polêmico lançamento: milkshake de Ovomaltine.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a gigante conseguiu os direitos sobre a marca de achocolatado e garantiu para seu cardápio a bebida que virou ("virou" como, cara pálida?? Sempre foi!!) queridinha pelos fãs de fast food no Brasil.

Definitivamente, é o final dos tempos civilizados.

sábado, 10 de setembro de 2016

SABADÃO DA MELHOR QUALIDADE

Premiado por instigantes conversas com um grande amigo, seguido pelo Flamengo ganhando de virada, acabo tropeçando nessa criatura que se mandou cedo demais para meu  gosto.

O que me remete a um pensamento deveras profundo:
"Não tenho saudades de você. Tenho saudades do que você poderia ter sido."


sexta-feira, 9 de setembro de 2016

PromoAção


quarta-feira, 7 de setembro de 2016

ALPRAZOLAM


Tranquilizante do grupo dos benzodiazepínicos.

Em português claro é o genérico que nós ansiosos, porém econômicos, usamos em vez do Frontal.

Só que, tanto pra um quanto pra outro, é preciso receita.
Azul. Gerada por alguns poucos ungidos guardiões da saúde.
Carimbada e documentada. Com firma reconhecida.

Resumo da ópera: meu estoque está no fim, os ungidos guardiões só tem agenda para o início de dezembro (vai ter doidão assim lá no Afeganistão, né não?) e o pânico começa a se instalar em meu id
(que é regido pelo princípio do prazer; cujo ele, o id, não está tendo nenhum).

Aí, sortinha, constato mais uma jamais imaginada razão de ter escolhido a orla mais linda do planeta para viver.
Basta chegar na varanda e olhar para aquela coisa imensurável, inexplicável, inenarrável, indescritível e quantos mais 'ins' vocês possam pensar.

Resultado: a angústia diminui na visão do infinito, os pensamentos negativos se diluem no vai e vem intenso do verde e azul, as inseguranças se transformam em espumas esparsas na areia e as dúvidas se tornam certezas calmas e proporcionais às ondas que quebram, mansas, na minha frente.

(Mas, que um alprazolamzinho facilita essas divagações, é inegável.)

LISTINHA COMPLICADA...!


Segue, com a colaboração inestimável do Pedro Zambarda via DCM, uma listinha porreta dos "jornalistas" que habitam os corações e mentes dos "homens de bens".

(Claro, para minha eterna execração junto aos meus, espero que ainda, incontáveis amigos temerários.)

Arnaldo Jabor, Augusto Nunes, Márvio Lúcio dos Santos Lourenço - o Carioca, Carlos Alberto Sardenberg, Diego Escosteguy, Diogo Mainardi, Eliane Cantanhêde, Felipe Moura Brasil, Joice Hasselmann, Jorge Moreno, José Nêumanne Pinto, Kim Kataguiri, Marco Antonio Villa, Merval Pereira, Míriam Leitão, Olavo de Carvalho, Rachel Sheherazade, Reinaldo Azevedo, Ricardo Noblat, Vera Magalhães, William Bonner e Renata Vasconcellos, William Waack.

Editorialistas do Estadão: Antonio Carlos Pereira, Nicolau Cavalcanti, Marco Antonio Rocha, Lourenço Dantas Motta, José Eduardo Faria, Antonio Ferreira Paim, Jorge Okubaro, Marco Zuckerman, Rolf Kuntz

Time da GloboNews: Renata LoPrete, Cristiana Lôbo, Gerson Camarotti, Leilane Neubarth, Andreia Sadi, Jorge Pontual.

É mole ou quer mais?

A MINHA JOGA AMANHÃ

Já a seleção da CBF jogou agorinha e faturou a Colômbia.

No final das contas foi um joguim bão de ver.

Fiquei feliz pelo Tite cujo, na minha opinião, já deveria estar onde está há muito tempo.

Agora é aguardar amanhã - quando a coisa é realmente séria e importante

domingo, 4 de setembro de 2016

DAS DORES


O HUP - Haja Utilidade Pública, em sua incansável missão de bem informar, traz para vocês um breve resumo do Guia Prático de Combate às Dores em Geral.

Dor de Cabeça Amena - ignora, finge que não é com você. Ela se sente desprestigiada e se manda.

Dor de Cabeça Irritante - 4 ou 5 neosaldinas.

Dor de Cabeça Recorrente - livre-se, ci-vi-li-za-da-men-te, da causa. Cuja, é claro que você sabe muito bem qual é.
Não se faça de bobo.

Dor de Dente - dentista. Não conheço outro remédio. Se alguém souber, pê-la-môr-dê-deus, me conta.

Dor no Joelho - se você estiver caminhando e o joelho começar a reclamar, mude, sutilmente, o ângulo da pisada. É tiro e queda. A dor sai do joelho e vai para a batata da perna (ou panturrilha como gostam os "istas").

Dor na Panturrilha (Batata da Perna) - se causada pelo procedimento acima citado, é só repetir a estratégia. A dor volta para o joelho mas, com sorte, você já está regressando à base onde um bendito diclofenaco te aguarda.
Se não, um mergulho no mar acompanhado de um suave alongamento embalado pelas ondas de água morna (que você só encontra da Bahia para cima) costuma resolver.

Dor de Cotovelo Amena - caia na noite, descole uma desavisada, encha a cara, deite, role e acorde de ressaca. Resultado garantido uma vez que você estará cheio de afazeres para desfazer as bobagens da noite anterior e não vai nem lembrar mais da causadora da insanidade.

Dor de Cotovelo Forte - concentre-se num defeito da criatura.
De preferência um bem bobo como, por exemplo, uma pinta estacionada em local não muito adequado, um dedão do pé desproporcional, coisas no gênero.
Decidida esta parte, crie um mantra no estilo "... Mas aquele dedão, hein? Deus me livre!".
Isto deverá ser repetido sem descanso enquanto você estiver acordado. E, ao dormir, com uma sortinha você vai sonhar com o dedão apavorante.
A cura virá rapidamente.

Então, saudável leitor, aproveite nossa promoção!
Se alguma outra dor estiver te atormentando, não se acanhe!
Ligue Djá! Satisfação garantida ou sua paciência de volta.

sábado, 3 de setembro de 2016

O AMOR É LINDO


Não é o que você, atento leitor, pensa ao ver essa foto?

O "pobrema" é que, segundo o UOL, essa imagem faz parte de um conjunto de fotos feitas num "ensaio" dentro de um bordel em Bangladesh - onde a prostituição é legalizada.

Apelação é pouco. Relembre aí, venerável leitor, quantas cenas parecidas com essas você viu lá na sua longínqua adolescência nas "Guaicurus" da vida?

E agora vira "documento". Me dê saco.

Puteiro é puteiro em qualquer lugar do mundo.
E ali, como todos nós - machos alfa - sabemos e já presenciamos, acontecem coisas indescritíveis todos os dias.

Fazer disso um "documento" é, na minha opinião, falta de assunto ou pior, associa a profissão mais antiga do planeta à coisa de quinto mundo.

Claro, tudo em nome da, tão em voga, moral e bons costumes dos 'homens de bens' tupiniquins. Cujos, com certeza, saciam suas fantasias em ambientes mais chiques e recatados.

DISSERAM TUDO


Tanto o cartunista aí em cima (colaresmaira?)
quanto o Jari da Rocha aqui embaixo.

"... muitos ainda falam num país dividido como se isso fosse um problema, pois, segundo eles, melhor seria um país unido pela ‘paz’ da ignorância e da passividade.

Esses mesmos que repetiram incansavelmente a ‘ideia’ de que havia uma censura e uma ditadura petista-bolivarista-esquerdista, são os que agora se calam diante dos abusos e da repressão policial."

Jari da Rocha

VERGONHA? NENHUMA!


Foi sancionada e publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (2) a Lei 13.332/2016, que modifica os limites para a abertura de créditos suplementares sem necessidade de autorização do Congresso.

Dois dias. Foi o tempo necessário para escancarar de vez o golpe.
Temer é praticante do lado obscuro da filosofia CASPOP...

obs.: como podemos observar, por uma incoerência da realidade,
a foto apresenta as grades no lado errado.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

ANJO DA GUARDA

Em tempos que as 'pessoas de bens' passam a odiar Chico Buarque, nada mais acertado do que prestigiar outro que passou, para eles, de gênio a,
no mínimo, estúpido.

Então, segue mais uma das incontáveis crônicas (para mim) geniais do Luis Fernando Verissimo:

Zeloso guardador

01/09/2016 - 15h00

No outro dia estive conversando com meu anjo da guarda. Há tempo não nos falávamos. Na verdade, na última vez que me dirigira a ele, eu tinha uns 7 ou 8 anos. Começamos a conversa lembrando aquele tempo.

— Como era mesmo que eu dizia? “Santo anjo do Senhor, meu zeloso guardador...” Ele sorriu.

— É. Todas as noites, antes de dormir. E sempre terminava me pedindo para proteger toda a sua família, os amigos, os vizinhos e o doutor Getúlio Vargas.

— O doutor Getúlio Vargas?!

— Faz tempo. Foi você que não quis mais falar comigo. Eu continuei ouvindo.

— Pois é. Perdi a fé. Não acreditava mais em você. Aliás, continuo não acreditando.

— Tudo bem. Não é razão para não conversarmos. Eu não tenho preconceito.

— Teve uma coisa que sempre me intrigou: você, se existisse, seria o meu guardador particular, ou cada anjo cuidaria de várias pessoas ao mesmo tempo? Isso explicaria o fato de tantos morrerem fora de hora, enquanto outros sobrevivem. Os anjos da guarda não estão sobrecarregados?

— Não, não. Minhas instruções são cuidar de você com exclusividade. Dedicação integral. Sete por vinte e quatro, sem folga nos fins de semana.

— Eu não lhe dei muito trabalho, dei? Tive uma vida pacata...

— Bom, precisei intervir algumas vezes. Esta você nem vai se lembrar. Ainda garoto, você foi soltar um foguete e não se deu conta de que estava apontando o lado errado para cima. Se não fosse eu cochichar “Vira! Vira!” no seu ouvido, no último minuto, o rojão teria entrado no seu peito.
Outra vez você estava num avião que saía do Galeão para Porto Alegre, e a decolagem teve que ser abortada na metade da pista. Poderia ter sido uma tragédia se não fosse a minha intervenção. No caso, intervi para salvar o seu ego, já que todo o time do Flamengo estava no avião, e o seu nome só sairia nos jornais sob “Também morreram...” .

— Mas fora isso...

— Fora isso, não tenho do que me queixar. Está sendo uma missão tranquila.

— Posso lhe pedir uma coisa, como fazia antigamente, quando eu acreditava?

— Depende. O que?

— Alguns congressistas brasileiros... Não dá para...

— Liquidá-los?

— Não. Mas quem sabe uma dor de barriga coletiva?

— Nós não nos metemos em politica.