sábado, 31 de outubro de 2015

O AVISTAMENTO DO CACHORRO VINAGRE

O cachorro-vinagre, nativo da América do Sul, habita as florestas e pantanais entre o Panamá e o norte da Argentina. É um canídeo de pequeno porte, com cerca de 30 centímetros de altura, 60 de comprimento e 5 a 7 kg de peso.
A pelagem é avermelhada e a cauda, relativamente curta, é castanha.

A União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais lista a espécie como "quase ameaçada", devido ao isolamento e esparsa densidade das suas populações e à destruição do seu habitat.

Segundo o portalamazonia.com os canídeos foram avistados outro dia sei lá onde. Oh! Que emocionante, não? Tô todo arrepiado.

Mais arrepiado estaria com a notícia do avistamento de 02 (Dois) políticos - situação e oposição - e 02 (Dois) jornalistas que fizessem jus à tão nobres (?) funções.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

DIFERENÇA SUTIL


Na década de 80, Enoli Lara foi filmada em Ipanema dando um mergulho com a bunda empinada. A Globo usou a imagem, ela processou por “uso indevido”, botou 40 mil dólares no bolso e despontou para o anonimato.

Mas, a imagem bastou pra que virasse moda - não declarada, pero obrigatória - entre as frequentadoras das praias cariocas.

Por aqui as mulheres, em sua maioria, ainda tapam o nariz e deixam a onda passar por cima.

Não ajuda o visual, mas é bom para a manutenção do astral local.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

MEUS SONHOS SÃO,

no mínimo, engraçados.

Na minha idade provecta devo reconhecer que meus sonhos, até agora, mesmo aos trancos e barrancos, vêm se realizando com agradável constância.
Mas, todos sempre se apresentam com alguns - vários - 'poréns'.

Tomara que você, resolvido leitor, não sofra com essas bobagens mas o fato é que meus sonhos, quando realizados, trazem sempre com eles um gostinho de "muito legal mas, não era bem assim" ou algo no gênero.

Isso seria fruto das agruras da atenção excessiva em detalhes ou, simplesmente, de singela babaquice mesmo? Escolhe aí.

Eu, honestamente envergonhado, fico com a singela babaquice.
Comprovada hoje ao contemplar uma lua estonteante despejando
luz dourada sobre um mar com ondas no estilo de documentário do canal Off sobre ilhas paradisíacas.

Visual de tirar o fôlego e o bobão que vos fala reclamando pelo fato de um cabo, ligando um poste ao outro, estar conspurcando minha visão epifânica.

Engraçado é constatar que, enquanto a razão manda, como diria Clovis Bornay, "me roçar nas ostras do Leme", a emoção segue clamando por mais qualidade, criando mais detalhes de poucas importâncias e por aí afora.

Por exemplo: supondo que meu sonho de consumo fosse ter um Grand Cherokee; quando isso acontecesse certamente, em tempo recorde, eu o consideraria um Renegade e começaria a babar por um Lexus 350. Cujo, uma vez alcançado seria rebaixado a um Grand Cherokee, eu começaria a babar por algum outro e assim por diante.

Me antecipando a um provável comentário:
Haja saco pra mim mesmo!
(Mas... Eu me 'góstio'!)

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

GRANDES CONQUISTAS DA HUMANIDADE


Depois do ar condicionado, do controle remoto e do eskibonzinho,
o pisca-alerta deve ser considerado uma das grandes conquistas de nossos tempos.

Se não, vejamos: o pisca-alerta te liberta de toda e qualquer obrigação de pensar nos outros.

Você vem passando e vê um cara que parece que vai entrar num carro que parece que vai sair em algum momento liberando uma vaga que te agrada. Liga o pisca-alerta e aguarda o cara se resolver.
Tem gente atrás querendo passar?
Você está em fila dupla numa rua apertada atrapalhando todo mundo? Não tem importância pois você ligou o pisca-alerta!

Viu algum amigo caminhando na calçada?
Nem pense em ligar pra ele porque dirigir e falar no celular é falta gravíssima e você é um motorista consciente.
Assim sendo, 'bora ligar o pisca-alerta, fuder o trânsito e você poderá conversar com seu amigo ao ritmo sincopado das luzinhas brilhando.

Claro que, se alguém fizer isso na sua frente será brindado com as sete pragas do Egito e adjacências.
Onde já se viu parar assim? Que falta de educação!

Afinal, como preconizou o Sartre, "o inferno são os outros".

domingo, 25 de outubro de 2015

APELO


Onildo Rocha, renomado chef brasileiro, paraibano,
publicou outro dia, em seu fêici, um singelo vídeo com alguns poucos segundos mostrando um pouco do que, imagino, deve ser sua rota diária - passando por uma das muitas deslumbrantes praias de JP.
E colocou algo como: "#eu moro onde você passa férias".

Perfeito!

Só um detalhe:
Passe, sim, querido turista, suas férias em João Pessoa.
Mas, pelamôrdeDeus, volte pra casa.

(Coisas de quem acabou de chegar e, como diz Romário, já está querendo sentar na janelinha. Mas, aposto que todos os 'não nativos' que aqui estão sabem que a gente fica meio assim mesmo, né não?)

sábado, 24 de outubro de 2015

COQUEIRO

Duas da tarde, na mureta do calçadão um isoporzão ladeado por dois vendedores de LGG's (Líquidos Gelados em Geral) conversando com mais um cara todo marrento com uma bicicleta.
Os três sentados na sombra.

Do nada, os valorosos homens da lei param em fila dupla e voam no marrento da bicicleta.
Dois com os trabucos apontados para a cabeça do perigoso meliante enquanto o terceiro já dá início à uma vigorosa e longa revista.
Cuja até agora não entendi a demora - considerando que o perigoso meliante trajava boné, camiseta, bermuda e sandálias.

Os vendedores estão impassíveis assistindo.
Tão impassíveis que nem parecem estar respirando.

Os hômi não encontram nada e passam a interrogar o meliante ainda com as armas apontadas. Mais tempo de agressiva conversa, guardam as armas, sacam dos celulares, fotografam o cidadão e seguem em frente.

Ele volta a sentar onde estava e a conversa segue como se nada tivesse acontecido. Mais um tempinho ele pega a bicicleta e lá se vai pedalando marrentamente.

E, a essa altura, o atento leitor deve estar perguntando
-"E o coqueiro, pô?!"
É o seguinte:
Olhando por um lado, o coqueiro é ousado, estufa o peito e enfrenta o vento, a chuva, o que vier.
Olhando por outro lado, ele se curva, submisso, às intempéries.

Foi o que o marrentinho fez.
Usou a "Tática do Coqueiro" e seguiu tranquilo sem maiores traumas.

(Curiosidade: o que a polícia vai fazer com a foto? Arquivar na pasta "Possíveis Suspeitos"?)

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

ECONOMIA FACINHA DE ENTENDER


É incrível como as pessoas não entendem coisas assim tão simples e, principalmente, tão simplificadas por nossos atentos analistas econômico-financeiros.

Pra quem ainda está com dificuldade é só ver esse gráfico aí do lado - que ainda vem com todas as explicações necessárias.

Pronto.
Agora você já pode se deliciar com as notícias (?) fundamentais abaixo. Que foram foram pinçadas numa rápida googlada sobre “economia brasileira”.

“...Assim, a análise da presença ou não de convergência condicional é baseada na equação (1):
onde ln yi,t+1 / yi,t representa a variável dependente (taxa de crescimento do PIB per capita), ln (yi,t) a variável explicativa relativa à renda per capita inicial, Xit representa a matriz das variáveis de controle (capital humano e capital físico, por exemplo), εi,t é o termo de erro aleatório, α representa a constante e, por fim, β e θ indicam os parâmetros que acompanham, respectivamente, a variável yit e a matriz de variável Xit, sendo que i representa a região e t o período.”

“... Alberto Ades, co-diretor da área de Global Economics do Merrill Lynch, explicou à BBC Brasil que a Índia tornou-se o Bric de crescimento mais acelerado em função de uma mudança metodológica no cálculo de seu PIB.”

“... A previsão dos economistas dos bancos, em pesquisa conduzida pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras na semana passada, é de um déficit primário de 0,3% do PIB para o ano de 2015.”

“... O estudo mostra ainda que os empresários estavam insatisfeitos com o lucro e com a situação financeira no terceiro trimestre. O indicador de margem de lucro operacional ficou em 32,7 pontos e o de satisfação com a situação financeira foi de 38,9 pontos, ambos abaixo da linha divisória dos 50 pontos. De acordo com os industriais, os preços das matérias-primas também subiram no terceiro trimestre. O indicador passou para 69,2 pontos e ficou acima dos 50 pontos, que separa o aumento da queda dos preços.”

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

BURRICE

Na luta desde a década de 80,
o Movimento Sem Terra - MST, segundo seu site, é organizado a partir das seguintes premissas básicas:

"O Movimento Sem Terra está organizado em 24 estados nas cinco regiões do país. No total, são cerca de 350 mil famílias que conquistaram a terra por meio da luta e da organização dos trabalhadores rurais.

Mesmo depois de assentadas, estas famílias permanecem organizadas no MST, pois a conquista da terra é apenas o primeiro passo para a realização da Reforma Agrária.

... Fruto da organização de cooperativas, associações e agroindústrias nos assentamentos, procuramos desenvolver a cooperação agrícola como um ato concreto de ajuda mútua que fortaleça a solidariedade e potencialize as condições de produção das famílias assentadas, e que também melhorem a renda e as condições do trabalho no campo.

... Arma de duplo alcance para os Sem Terra, a educação tornou-se prioridade do Movimento."

Como diria O Pasquim, na mesma década de 80, o MST é válido, lúcido e inserido no contexto.

Mas... Me fica a dúvida:
Que gênio do marketing orienta esses esforçados lutadores?

Por que fechar uma rodovia durante o dia inteiro com forró tocando, facões sendo exibidos, caninha rolando solta e, tal e qual guardas de trânsito numa blitz, liberando a passagem dos veículos em conta gotas?
Me parece uma estratégia completamente idiota para quem precisa de apoio popular.

Passei por essa ontem ao sair cedo de João Pessoa para Recife.
Na ida, quase uma hora parado e, na volta à tarde, fiz essa foto de "repórter do fato". 

Mais do que raiva - discretamente escancarada por todos ao redor - me deu foi pena de ver uma galera, teoricamente, cheia de bons princípios, tão despreparada para entender os tempos em que vivemos.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

PERDA (OU GANHO) DE TEMPO?


Fatos observados:

Um casal djóvem chega na praia com as duas filhinhas pequenas.
Elas vão direto pro mar que, em maré baixa, se esparrama mansamente pela areia.
Os dois ficam sentados juntinhos e começam a trocar safanões amorosos.
Ele esconde alguma coisa, ela se estica pra pegar, se engalfinham, se sarram e seguem bem humorados.

Até que algo acontece e ela levanta, puxa a toalha e joga na cara dele. Ele joga de volta.
Ela joga areia e ele levanta. É uma cabeça maior do que ela.
Avança e grita com ela. Ela negaceia, joga mais areia e sai de lado.

Ele vai pra água, pega a menor no colo, dá a mão para a maior e vão pular ondas.
Ela, na areia, continua jogando areia para o vento.
Ele sai da água com as meninas, tenta conversar e é rechaçado.

Levantam acampamento. Param no limite da praia com a mureta e o cidadão pula acrobaticamente para cima, limpa a areia dos pés e, fazendo pose de macho alfa, aguarda a mãe das crianças finalizar os preparativos da saída.

Ela prolonga interminavelmente as arrumações dos cachos das crias, das blusinhas, ele, muito puto, pula de volta e cobra ação.
Ela, nem aí. Ele argumenta - mãos nas costas e pescoço esticado - ela retruca atirando mais coisas longe.

Ele volta para a mureta em outro salto acrobático. Ela e as filhas dão a volta, sobem as escadinhas e sentam todos lado a lado - mãe, filhas e pai.

Ele segue argumentando, ela segue ignorando, as meninas brincam ao redor e ele compra um côco.
Ela recusa e as filhas aceitam. Ele compra outro para si mesmo.

Mais argumentos, mais negativas.
Ele, num gesto que poderia ser de revolta, atira o côco no chão.
Mas, foi só pra abrir. Compartilha o miolo com as filhas e segue argumentando. E sendo ignorado.

Já são looongos 55 minutos (cravados) nessa inconha.
Por mais que eu tente ser um observador do cotidiano alheio, meu saco estoura. Vou em busca de uma cerveja, vejo que tenho mensagens no computador, leio, respondo e lembro da palpitante novela que se desenrolava na minha janela.

Corro de volta e...
Lá está a família feliz (?) atravessando a avenida em direção ao carro.

Aí, é contigo imaginativo leitor: considerando que só temos acesso às imagens e à nossa imaginação sobre o que foi dito, qual a sua conclusão?

• Foi uma briguinha 'perda de tempo' ou um ganho na relação familiar?
• Foi uma produtiva DBR (Discussão Básica da Relação) ou uma cagada geral?
• E as meninas? Já estão acostumadas ou começam a colecionar memórias e ensinamentos (?) sobre o supremo amor familiar?
• NRA

Cartas para a redação.

sábado, 17 de outubro de 2015

INVEJA


Mais ouvindo do que vendo (pra variar) um joguinho safado da série B, as abomináveis considerações do comentaristas me impressionam sobremaneira (pra variar de novo).

E constato, com a tranquilidade que só a avançada idade nos permite, que sinto inveja do cidadão que está perpetrando as abomináveis meus ouvidos adentro.

É porque, sob um ângulo mais pragmático, digamos assim, o cara é capaz de reunir infinitos lugares comuns e enunciá-los como profundas reflexões. E a galera gosta, comenta e... Repete!
(Ou compartilha. Escolhe aí.)

Ora bolas! Tenho inveja, sim! E também sinto raiva por não conseguir fazer uma coisa tão idiotamente fácil.

E, por outro ângulo, também sinto orgulho, é claro.
(Que eu não sou assim tão besta.)

São intrincadas as emoções né não, robertos carlos?

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

ELEITOR BRASILEIRO...


... Tentando "pescar" um candidato que preste.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

TEM QUE FAZER BIQUINHO

As precursoras das obras que enfeitam oficinas mecânicas (e muitas outras ophicinas) foram as pinups.
Segundo o iphotochannel.com.br, "O termo pin-up vem da história de que as imagens apareciam muito em calendários – do tipo de pendurar na parede ou porta (em inglês, pin-up)".

Os desenhos - de inigualável qualidade - eram "inspirados" em fotos ousadas para a época.
Pra mim o inusitado é constatar que, na quase totalidade das obras, as modelos fazem biquinho cujo, claro, devia ser altamente provocante.
E, pensando bem, até hoje, escancarado ou não, elas fazem biquinho.
Ainda bem que para alguns pode continuar sendo provocante.
Eu acho ridículo.

Mas as imagens são ótimas.


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

CENAS DE UM PPS


Adorável vício, lá vou eu para um PPS (Passeio ao Por do Sol) no feriado. Me arrasto pela orla em deliciosa preguiça, acendo um abençoado cigarrinho e trato de contemplar o eterno show que o marzão apresenta.
Mas, não posso me esquivar do show dos humanos que pululam nesse horário.

Pra começar, uma saudável idosa vem andando, se esticando em alongamentos exotéricos e, exalando saúde, faz cara feia pra mim.
O que me deu a certeza de ter feito uma boa ação pois, ao me ver exalando tantos malefícios acumulados, ela certamente redobrou seus ridículos esforços saudáveis.

Chego à parte mais povoada da orla e começa a "síndrome do ascensorista": vou passando por pedacinhos de conversa cujas sequências, no mínimo, mereceriam estudos aprofundados.

Um casal de muito jovens namorados, ela linda, com carinha meiga, olha fundo nos olhos do amado e diz com voz romântica e roucomorna: "Tipo assim, sabe, cachorro morto...?"

Mais adiante, serpenteando entre os passantes, vem um casal de mais idade, com todas as parafernálias dos que combinam exercícios com exibição - boné, marcador de pressão nos braços, celular, óculos escuros, etc - e escuto a bufante frase reveladora: "Acho que esse não é o melhor horário..."

Três senhoras, uma delas tendo no colo uma coisa peluda que presumi ser um cão, estão em animada conversa. Passo e escuto: "Pois é o que lhe digo: ele sempre foi raparigueiro!"

Dou meia volta e resolvo entrar no shopping (sim, desinformado leitor, temos um lindo shopping com o "pé na areia") em busca de um top sundae.
Péssima ideia.
Hoje é dia das crianças e os amorosos papais e mamães estão todos lá contribuindo para a horrível crise que assola nosso pobre país.
A fila do sundae está quilométrica, as adoráveis esperanças da nação gritam como se (quem dera) estivessem em azeite fervente e me resta retornar à base.

Odeio datas.

sábado, 10 de outubro de 2015

SOMOS VIPS!


O vídeo abaixo mostra OVNI's inspecionando o Popocatepelt - uma celebridade no mundo dos vulcões.

Segundo os ufologistas isso é a prova concreta de que alienígenas estão monitorando as atividades geológicas da Terra.

Então, quer dizer: somos um micro-nano-milionésimo substrato
de pó de merda no universo mas, é só soltarmos um peidinho
que os aliens correm pra cheirar!

(Nóis é foda, hein?)


PIADINHA IDIOTA


Para ver a reação do marido, uma mulher escreveu um bilhete:
"Fui e não volto mais."
Escondeu-se debaixo da cama e esperou que o marido chegasse.

Ele entrou no quarto, viu o papel, escreveu qualquer coisa e desandou a cantar, todo satisfeito.
Pegou o celular e ligou: -Amor, a doida foi embora. Estou indo praí agora!
Entrou no carro e saiu.

Louca de raiva, a mulher sai debaixo da cama, pega o papel e lê o que ele escreveu:
"Seus pés ficaram de fora. Fui comprar pão.
Deixa de ser besta e prepara o jantar."

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

VACINA

"Cientistas da NASA, após muitos anos de pesquisas, apresentaram na semana passada os resultados de seus anos de esforços: a vacina da ética. Ela deverá ser inoculada no feto e fará com que o indivíduo decorrente seja sempre guiado pelos princípios nobres da raça humana."

Obs.: segundo o dicionário, "Indivíduo" é um substantivo sobrecomum masculino, apresentando um só gênero para indicar o masculino e o feminino.

É claro que essa notícia é cascata. Mas, já pensou?

Aos otimistas vou logo avisando: na minha humilde opinião não daria certo.

Já imaginou que chatura seria um mundo sem mídia, redes sociais, políticos, juízes, dirigentes de federações de futebol, sem a FIFA, a CBF, as a$$ociações de cla$$e e, mais importante, sem eu e você, indignado leitor?

Tá bom: você, ilibado leitor, já está nesse mundo sem precisar de vacina mas... Eu não.
Não posso negar.

Só como exemplo, tive hoje uma longa conversa com meu escritório de contabilidade onde contemplamos as inúmeras possibilidades - todas amparadas por artifícios legais - de burlar o fisco.

Na hora do almoço estacionei em local proibido pra pegar - rapidinho - uma encomenda no correio.

Agora à noite assisti um jogador do meu time cair no gramado em pré-coma e levantar, lépido e fagueiro, após o juiz marcar a falta inexistente. E aplaudi.

Serei eu, como dizem os cientistas sociais, um "produto do meio"?
Infelizmente, tenho que concordar.
O que não me impede de seguir lutando, bravamente, contra essa deformidade.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

ÁCHQUÍÍÍ...

Amanhã começam as eliminatórias para a Copa de 1970.
A nação, ligadona nas importâncias fundamentais, está dividida entre os que acreditam, os que desconfiam, os 'pachecos' (ou o equivalente deles), os que torcem contra, os que tentam torcer contra mas não conseguem e os indefectíveis analistas.
(Até hoje os cientistas estão tentando decifrar um enigma paralelo ao do ovo e da galinha: "Quantos nanomicrossegundos foram transcorridos entre o nascer do futebol e o surgimento dos analistas?")

Reparou, leitor ligadão, que estou falando das eliminatórias para a Copa de 70 (setenta)?
Em qualquer boteco, esquina ou fila, discussões ocorriam sobre a ausência do Dirceu Lopes, Ademir da Guia e vários outros.
(Como convinha ao exuberante futebol da época.)

Pois bem. Amanhã começam as eliminatórias para a Copa de 2018 (com essa marquinha 'miserável' aí na foto).
A nação está cagando, andando e os poucos admiradores do futebol que restam não conseguem, nem de longe, escalar de cabeça o esquadrão canarinho. ("esquadrão canarinho" é de matar, né não?)

O que não é demérito uma vez que, em nossos times do coração, os ídolos estão durando - em média - uma temporada. Ou meia.
O que dificulta a memorização dos velhos (só nós?) torcedores.

Que tempos vivemos!
A culpa é da Dilma, é claro.


E, mais uma vez, 'recomeeindo' o "Futebol ao Sol e à Sombra" do Eduardo Galeano. Além de ser um cronograma da história contemporânea, é leitura obrigatória para aqueles, poucos pelo visto, que ainda apreciam o rude esporte bretão. ("rude esporte bretão" é de matar, né não?)

DIZER O QUÊ?


Mr. Catra, funkeiro, compositor e cantor, acaba de ganhar seu 32o. filho. E, não satisfeito, lançou hoje uma música (?) nova intitulada
"Só a Cabecinha".
(Pelo visto ele não leva ao pé da letra o que compõe...)

Segue a notícia:

A família de Mr. Catra aumentou ainda mais. Pai agora de 32 filhos — o caçulinha, Isac, nasceu na última sexta-feira, no Rio, com 3,850 kg e 53cm — o funkeiro, de 46 anos, afirma que não vai parar por aí.
“Eu fechar a fábrica? Nunca! Ainda tem muito filho aqui”, disse o funkeiro, em conversa com o EXTRA nesta segunda-feira. “Tem gente que compra carros caríssimos, outro aviões, e outros bolsas caras. Nada disso tem amor por você! Filho é pra sempre”, explica ele, que é pai biológico de 31 e vive com três mulheres atualmente.
Feliz da vida com o novo bebê, fruto do relacionamento com Carla, que mora fora do Rio, Catra conta que, assim como os outros herdeiros e as outras mulheres, a criança e a mãe vão viver com ele, em sua casa.
“Ele vai ficar na minha casa, com a mãe do lado! O filho tem que estar sempre ao lado da mãe. Nada nem ninguém pode dar tanto amor para um filho como uma mãe”, diz.
Para sustentar toda a família, Catra faz cerca de 60 shows por mês e chega a cobrar um cachê que vai de R$ 30 a 120 mil.
“Eu sustento todos os meus filhos e trabalho 24 horas, se possível. Conheço vários aí que têm um e estão quase presos por não pagar pensão!”, critica ele. “Meus filhos são minha vida. Faço de tudo pra dar o melhor pra eles”, garante.

Leia mais:
 http://extra.globo.com/famosos/mr-catra-fala-do-nascimento-do-32-filho-diz-que-nao-vai-parar-critica-tem-pai-que-nao-paga-pensao-vai-preso-17694611.html#ixzz3nunhTmQq

domingo, 4 de outubro de 2015

CORAÇÃO TRANQUILO


Muito lá no século passado a mãe da minha filha mais velha, na época mal acompanhada pelo locutor que vos fala, propôs:
-Vamos ver esse Walter Franco? Vai ser no Teresa Raquel, do outro lado da rua.
-"Cabeça irmão"...?
-É. Mas deve ser legal.

Atravessamos a rua e entramos no teatro junto com mais 12 (doUze) desconfiados cúmplices.

Resumo: o cara era ótimo, a banda era ótima, as músicas eram doidera total só superada pela doidera estampada nas faces dos artistas. Que se apresentaram como se o teatro estivesse lotado.
(Não que eles estivessem preocupados com essas ocorrências de menor importância.)

Os aplausos no final do show soam até hoje nos meus ouvidos como uma ameaço de chuva que não cai.
Mas, o que nunca mais saiu dos meus ouvidos foi o que escutei.

Ponha-se, saudosista leitor contemporâneo, entre 25 e 30 anos de idade e assista ao primeiro vídeo. (Cujo, se bobear, pode até ter sido gravado no Teresa Raquel.)

Depois assista ao segundo. (Que foi gravado em abril de 2015 no CCSP.)

Tomara que você sinta o mesmo que eu:

1. Um tremendo orgulho de ter visto, há quase quarenta anos, esse garoto cantando essa música-mantra.

2. Um tremendo prazer de ver esse cidadão, hoje, despertando a mesma empolgação de antanho ("antanho" é ótimo, né não?) e com muito mais gente ao redor.

3. Uma recorrente questão: Como é que esses caras conseguem passar tantos anos cantando as mesmas músicas? (Vide Rolling Stones, David Gylmour e tantos outros.)

É que, pela cara deles, deve ser muuito bom.



quinta-feira, 1 de outubro de 2015

SERÃO ETERNOS OS CORONÉIS?


Tinha prometido a mim mesmo que não falaria mais de política.
Mas, como adepto fervoroso do direito de mudar de opinião,
vamos lá.

Para minha tristeza, o PT foi pro saco, a esquerda está nas cordas e a direita (risos) está voando de helicóptero nas contas suíças e sabe-se lá mais onde.

Para minha tristeza maior, o judiciário (risos) abriga figuras que deveriam estar sendo julgadas e não julgando.

Para minha tristeza incalculável, o jornalismo também foi pro saco.
A grande mídia se confirma como uma instituição voltada exclusivamente para seus intere$$ses; enquanto alimenta esse ridículo FlaXFlu entre governo e oposição (risos), continua firme a perpetuar seus ganhos estratosféricos.

A mídia dita alternativa tenta jogar o jogo, devolve as caneladas mas, no calor da pugna, volta e meia comete lamentáveis pecados jornalísticos.

Para minha decepção, vejo a maioria dos meus amigos participando
- como se estivessem numa "Ôla" - desse jogo em que ninguém vai sair ganhando.

Para meu espanto, constato diariamente - através de conversas com representantes das mais diferentes camadas sociais - que a maioria não está nem aí para a política.
Estão preocupados com coisas mais importantes. Desde o boteco a ser visitado na sexta-feira, o dólar para a viagem pra maiâmi e o preço do crédito do celular.

E aí dou de cara com duas frases definitivas do Ricardo Kotscho:
"Somos todos responsáveis por esta situação."
"Enquanto houver eleições, ainda há esperanças."

Tá mais do que certo o veínho.
É o único jeito de ficarmos livres dessa corja que habita a política brasileira.
Mas, para isso é preciso que tenhamos consciência, conhecimento e discernimento na hora de votar.

E aí... Que preguiça, né não?

É mais cômodo embarcar na canoa que mais nos agrada, na "Ôla" mais aparente do fêicibúqui, do que pesquisar, ler, conversar, conhecer e procurar e se informar sobre quem realmente merece nosso voto.

Assim sendo, para minha tristeza completa, eles seguirão eternos.

Ou não?