terça-feira, 30 de outubro de 2012

SANDY FAZ UM ACONCHEGO EM OBAMA

Segundo os nefandos "especialistas" e "cientistas políticos", o furacão foi um vendaval de faturamento de imagem para o “moreno-do-leque”. (Que era como o Chico Anysio, incorporando o “Painho”, chamava o “Bará-que-abana”)

Graças ao ventão, ele apareceu, faltando uma semana para as eleições (que vão acontecer em plena terça-feira!), muito mais do que poderia imaginar.
E com toda a classe de governante preocupadíssimo com o bem estar de seus compatriotas. É o nirvana de qualquer candidato.

Sei não...
Mas acho que, como cá, o povo de lá também é bem bobo, né não?

PAPO DE BOTECO

- Quem não tem medo de elevador é porque não tem imaginação. Um cubículo lacrado pendurado por fios que te leva a, ou traz de, trinta, quarenta metros de altura é coisa de filme de terror.

- Ah, é? E avião?

- Avião é diferente. Tem piloto, etc.
Além do mais, ainda bem, só ando de avião de vez em quando.
Então, a estatística está do meu lado.

- Nunca ouvi falar de elevador caindo.

- Claro que já. É que acidente de avião dá muito mais ibope.
Elevador é foda...

- Que andar você mora?

- No décimo.

- Hmmm... Mais de trinta metros hein? Todo dia, hein?

- Pópará!

- E o Sandy, você viu que estrago?

- É... Imagina se o Júnior tivesse vindo junto.

- Putz! Piada pronta, não! Garçon, a conta!

sábado, 27 de outubro de 2012

DECADÊNCIA

Sou fã incondicional do Jefferson Airplane e, claro, da Grace Slick.

Aí, vêm as inevitáveis turnês “revival” pra faturar algum graças aos velhos (nós) dependentes de boa música.

Mas essa loura - grávida? - e desafinada é uma falta de respeito à nossa imbatível Grace que hoje, às vésperas de completar 73 anos (no dia 30/10), cansadinha de tanta doideira, se dedica à pintura.


Compara com a original (cuja, infelizmente, não consegui achar “ao vivo”) e me diz se estou errado:

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

NÃO CUSTA LEMBRAR...

O Bob Fernandes, em 20 de agosto, fez esse interessante resumo.
Pra quem não tem paciência de ler, segue o vídeo no final.

Há quem diga ser uma farsa o julgamento do chamado "mensalão". Não, não é uma farsa. É fruto de fatos. Ou era mesada, o tal "mensalão", ou era caixa dois. Mas não há como dizer que há uma farsa. E quem fez, que pague o que fez. A farsa existe, mas não está nestes fatos.

Farsa é, 14 anos depois, admitir a compra de votos para aprovar a reeleição em 98 -Fernando Henrique-, mas dizer que não sabe quem comprou. Isso enquanto aponta o dedo e o verbo para as compras agora em julgamento. A compra de votos existiu em 97. Mas não deu em CPI, não deu em nada.

Farsa é fazer de conta que em 98 não existiram as fitas e os fatos da privatização da Telebras. É fazer de conta que a cúpula do governo não foi gravada em tramóias escandalosas num negócio de R$ 22 bilhões. Aquilo derrubou um pedaço do governo tucano. Mas não deu em CPI. Ninguém foi preso. Não deu em nada.

Farsa é esquecer que nos anos PC Farias se falava em corrupção na casa do bilhão. Isso no governo Collor; eleito com decisivo apoio da mídia. À época, a polícia federal indiciou 400 empresas e 110 grandes empresários. A justiça e a mídia esqueceram o inquérito de 100 mil páginas, com os corruptos e os corruptores. Tudo prescreveu. Fora o PC Farias, ninguém pagou. Isso foi uma farsa.

Farsa foi, é o silêncio estrondoso diante do livro "A Privataria Tucana". Livro que, em 115 páginas de documentos de uma CPI e investigação em paraísos fiscais, expõe bastidores da privatização da telefonia. 

Farsa é buscar desqualificar o autor e fazer de conta que os documentos não existem ou "são velhos". Como se novas fossem as denúncias agora repisadas nas manchetes na busca de condenações a qualquer custo.

Farsa é continuar se investigando os investigadores e se esquecer dos fatos que levaram à operação Satiagraha. Operação desmontada a partir da farsa de uma fita que não existiu. Fita fantasma que numa ponta tinha Demóstenes Torres e a turma do Cachoeira. E que, na outra ponta da conversa que ninguém ouviu, teve o ministro Gilmar Mendes.

Farsa é, anos depois de enterrada a Satiagraha, o silêncio em relação a US$ 550 milhões de dólares. Sim, por não terem origem comprovada, US$ 550 milhões continuam retidos pelo governo dos EUA e da Inglaterra. E o que se ouve, se lê ou se investiga? Nada. Tudo segue enterrado. Em silêncio.

O julgamento do chamado "mensalão" não é uma farsa. Farsa é isolá-lo desses outros fatos todos e torná-lo único. Farsa é politizá-lo ainda mais. Farsesco é magnificá-lo, chamá-lo de "maior julgamento da história do Brasil".

Farsa não porque esse não seja o maior julgamento. Farsa porque se esquecem de dizer que esse é o "maior" porque não existiram outros julgamentos. Por isso, esse é o "maior". Existiram, isso sempre, alianças ideológicas, empresariais, na luta pelo Poder.
Farsa porque ao final prevaleceu, sempre, o estrondoso silêncio cúmplice.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

INFLUÊNCIAS DA AÇÃO PENAL 470

Tenho ganas de chutar a televisão quando o eminentíssimo Marco Aurélio - primo do Collor - se põe a falar. Sabe-se lá por que, todas as palavras que terminam em “al” são pronunciadas com incrível afetação e ficam mais ou menos assim: “tribunáhl”, “penáhl”, “eventuáhl”.

E todas terminam com um arfar cujo,
se estivéssemos numa escola da era pré-politicamente correta, levaria o cidadão a ser devidamente brindado com alguns apelidos impublicáveis, mas que todos sabemos quais seriam.

Tirante o Fux (mais) e o Barbosão (um pouco menos) que falam quase como seres humanos normais, todos os outros(as) parecem estar numa competição em que vence quem falar mais palavras e períodos próximos do samba-do-crioulo-doido-com-leitura. E citações. Muitas citações.

Aí lembrei daquelas tabelas para formar frases pseudo profundas que não dizem nada. (Lembra disso? Se não, tem uma boa aqui: http://www.pavablog.com/2012/07/08/10-mil-modos-para-voce-dizer-absolutamente-nada/)

Seguem alguns exemplos:
"A plenitude da cidadania se realiza pela qualidade e extensão do pensamento das pessoas."

"O Neymar enriquece a naturalidade da movimentação."

"É fundamental que o diagnóstico da avaliação diferencial seja realizado de maneira equidistante das estruturas direcionais a serem aplicadas."

terça-feira, 23 de outubro de 2012

TOMA, DISTRAÍDO.

 

(Valeu, Vitor.)

STAR-SPANGLED BANNER...


Obama e Romney se enfrentam no debate sobre política internacional. Tema que provoca pouquíssimo interesse nos americanos mas, para o resto do mundo, é deveras importante.
Afinal, precisamos saber o que os caras pensam sobre esses estranhos seres alienígenas. Ou seja, nós.

De cara o Romney, numa crise aguda de nostalgia, diz que a Rússia é o maior inimigo dos EUA.
Seguem confusas teses de ambos sobre o “mundo árabe” e o oriente médio em geral.
Obama faz questão de lembrar seu “home run”: eliminou o Bin Laden.

De diferente, até agora, o clima muito mais direto do que vemos por aqui. Os caras se olham no olho e enquanto um fala o outro observa com um cândido sorriso no rosto. No mais das vezes beirando a ironia, mas com classe.

O Papel da América no Mundo.
Romney segue a cartilha de muitas décadas e declara que os EUA precisam ser fortes para disseminar a paz e prosperidade no quintal deles. Ou seja, o planeta.
Obama repete a cantilena. “O mundo precisa dos EUA forte.” Alianças, países amigos, etc, etc, etc. Aproveita e, misturando tudo, acusa Romney de propor políticas erradas sobre a economia.
O Romney embarca na canoa, o Obama rema com força e a coisa vira um “crazy nigger samba”.

Gastos Militares.
Obama: cifras, equilíbrio de investimentos, redução de custos, blá-blá-blá.
Romney: cifras, aumento de investimentos, blá-blá-blá.

Israel X Irã.
Obama jura amor eterno a Israel. Romney também. E ambos também concordam que, se o Irã se comportar direitinho e parar com essa história de armas nucleares, as portas estão abertas para negociar.
Tá dando sono.
No capítulo “videogame” os dois concordam em usar mais drones - aviões não tripulados entupidos de mísseis.
Resta saber quem manda mais no joystick...

China.
Obama diz que ganhou a grande maioria das batalhas comerciais contra a China e que a saída é investir na educação para melhorar a competitividade.
Romney puxa o saco dos orientais e diz que a saída é dialogar (?) para diminuir o relacionamento desonesto com os plagiadores chineses. Agora é o Romney que aproveita, mistura tudo e acusa o Obama de fuder a economia americana.

E o debate chega ao fim. Declarações finais óbvias de ambos sem nenhuma menção aos cucarachas a não ser uma frase en passant do Romney sobre a necessidade de incrementar as relações comerciais com a América Latina. Uau!
E agora? O que nos espera?
A solução está na nossa bola da vez: Barbosão neles!

sábado, 20 de outubro de 2012

HORA DANÇANTE - 22

O Lovin’ Spoonful, em priscas eras, foi imortalizado pela imbatível melacueca “Lonely”.
Mas, eles fizeram mais (algumas) coisas boas.

(Os vídeos são umas bostas - especialmente o “Lonely”.
Mas, foi o que se pode arranjar...)




quinta-feira, 18 de outubro de 2012

TRISTE VERDADE

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

ACABA HOJE OU NO DOMINGO?

FLUMINENSE 2 X 2 GRÊMIO

Pra mim, o Grêmio não fede nem cheira. Tá lá longe, não gosto do Luxemburgo nem de seus “pojetos”. Do Fluminense gosto menos ainda. Coisas de torcedor.

Mas o fato é que até agora, fim do primeiro tempo, está sendo um jogão.
Poucas faltas, muitas chances e pra mim, rubro-negro que sou, atualmente quando vejo mais de quatro passes certos me sinto nos Jardins do Éden.

A troca do Elano por Mirales deve ter sido a mais certa do ano.
O Elano no Santos estava dando dó.
E o Mirales no Grêmio estava meio chove não molha, acho.
Os dois agora estão deitando e rolando.

No Grêmio, Gilberto Silva e Zé Roberto (mas que ca-be-li-nho, hein?) passam um pouco de dignidade - coisa cada vez mais rara no “ftêbol”.

No Fluminense dá gosto de ver o Deco: é craque.
O Fred podia, perfeitamente, ser escalado num “zorra total” da vida.
Ele tem cara de comediante. Mas, argh, é eficiente.

9 do segundo tempo, falta na entrada da área do Fluminense. Elano incorpora Ronaldinho Gaúcho, aposta no pulo da barreira e se dá bem. Rasteirinha no canto, 1 X 0.

Aos 13, corner para o Flu, a bola sobra pro Digão empurrar e empatar.

Aos 17, Rafael Sobis dá uma porrada certeira de fora da área.
Gaveta. 2 X 1.

O profexô põe Marcelo Moreno em campo. Exatamente 43 segundos após entrar em campo ele dá uma cotovelada no Rafael Sobis e é expulso. Sai dizendo que é armação da arbitragem para ajudar o Fluminense. (Esse deve ter uma boa [?] assessoria de comunicação...)

Aos 40, falta para o Grêmio, Léo Gago solta a pancada, o goleiro rebate e Zé Roberto empata.

Promessa de altas emoções nos minutos finais. Não cumprida.
Mas, foi um jogão!
(Se, em Belo Horizonte, a noite for calma, acho que o brasileirão acaba hoje.)

ATUALIZAÇÃO:
Noite calma nas Alterosas. 
SANTOS 2 X 2 ATLÉTICO

Obs.: o Neymar jogou ontem na Polônia, fez dois gols, pegou um avião, chegou hoje, jogou e fez um golaço.
Tudo muito lindo mas... Até quando esse cara vai aguentar?

terça-feira, 16 de outubro de 2012

CHURRASQUEIROS

Seja na laje da Rocinha (regado a Nova Schin) ou no espaço gourmet da cobertura do Leblon (regado a cerveja artesanal de trigo) os churrascos têm uma coisa em comum: o Churrasqueiro.

Claro que ele não é o mesmo. A atitude é que é a mesma em qualquer situação. Por algum estranho motivo o cidadão, quando envolvido com carnes, temperos, carvão e calor, assume a postura de quem está no cumprimento de uma missão divina.

Aí, a conversa é entrecortada, o Churrasqueiro, na maior parte do tempo apresenta um olhar meio perdido, executa rituais incompreensíveis, murmura frases desconexas como “Hmmm, agora vamos ver você, querida fraldinha...”, enfim, habita um plano espiritual evoluído e somente acessível aos ungidos pela gordura que respinga teimosamente.

Nós, os eleitos para ter a suprema graça de saborear a “querida fraldinha”, devemos tomar a cervejinha (seja Nova Schin ou artesanal de trigo) e aguardar humildemente a hora que o ungido distribui o resultado de seu complexo ritual. Nesse momento é de bom tom salivar, revirar os olhos e elogiar. Mesmo que a carniça esteja torrada.

Aí o Churrasqueiro desperta com os aplausos, se realiza e volta ao convívio com os mortais. Por poucos instantes, pois logo é a vez dela, a estrela máxima do show: a Picanha!
O Churrasqueiro, após fazer o pedaço de boi passear por baixo das narinas dos eleitos, emenda com explicações detalhadas sobre a qualidade da peça, sobre como ele faz o corte perfeito etc, etc e volta ao seu plano espiritual evoluído.

Você já não aguenta mais, está meio bêbado e enjoado, mas não tem escapatória. Ir embora antes da picanha é ofensa gravíssima passível de pesadas punições sociais. Então o jeito é aguardar, salivar, revirar os olhos, elogiar e se pirulitar logo depois; jurando que, na próxima, vai se incluir fora dessa.

Temperado engano. Você vai voltar.

domingo, 14 de outubro de 2012

HAJA ENTREVISTA: LOR

LOR (Luiz Oswaldo Rodrigues) é médico e cartunista.
Ou cartunista e médico como podemos ver a seguir.

Por que você começou a desenhar, o que desenhava, etc.
(“Etc” significa tudo o mais que você achar importante para o deleite dos milhares e milhares de leitores deste blog.)
Desenhava porque gostava, como todo menino, mas meu pai me incentivava muito, inclusive, comprando desenhos meus. Depois, pelas mãos do Ziraldo, virei cartunista, porque meu irmão Ernesto Rodrigues, jornalista, levou uns rabiscos meus pro Ziraldo ver e ele me convidou para o Pasquim.
Daí, panhei gosto.

Alguma história (que possa ser contada) da época do Pasquim?
Conheci Henfil, Jaguar, Fortuna e Millôr.
Millôr, ao saber meu pseudônimo, disse imediatamente que ele era mil vezes mais cartunista do que eu. Concordei.

Influências no traço? Se sim, quais, como, etc.
Ziraldo no traço, Nilson na ideologia e Henfil na onipotência. 

Como assim, "onipotência"?
Henfil acreditava que poderia mudar o mundo com sua arte.
Eu também. 

Temos vários exemplos de cartunistas que se “agregam”.
O grupo mais famoso talvez seja Los 3 Amigos – Angeli, Laerte e Glauco. Você tem agregados ou já se agregou a algum grupo?
Tivemos aqui o HUMORDAZ, o Grupo Mineiro de Desenho e a Revista KYX93 com Nilson, Aroeira, Afo, Mário Vale, Procópio, Dirceu, Filó, Chico Marinho, os mais assíduos no antigamente.
Depois veio a internet e acabou com a comunicação humana.

E o prêmio LOR? Surgiu como, visa o quê?
Uns malucos gentis resolveram que eu sou um mestre dos quadrinhos e batizaram um troféu com meu nome. Felizmente, a coisa não foi prá frente. 

E a medicina? Serve como inspiração?
A medicina me sustentou como profissão, o que me permitiu ser um cartunista independente e atrevido. Não fosse isso, estaria fazendo cartunzinho prá agradar patrão.
Filosoficamente, a medicina e a atividade científica que decorreu dela são profissões gratificantes intelectualmente e desafiadoras e assim fornecem alimento para o lado direito do meu cérebro.
Inversamente, o humor desconstrói saudavelmente a pompa e a arrogância da ciência e da medicina.

Rapaz, "pompa e arrogância da ciência e da medicina" dá papo pra uma semana...
Pois é. Ainda que o primeiro princípio da ciência seja a dúvida, acabamos por ter certeza de um conjunto de conhecimentos que nos convencem de que estamos sempre certos.

O resultado é a tentação para cedermos à pompa e à arrogância. Poucos escapam e não sou um deles.

sábado, 13 de outubro de 2012

QUAL É A SUA?

A pergunta é a seguinte: Que música você gostaria de ter feito?

Aquela que você consideraria que, uma vez pronta, já seria seu passaporte para se mandar daqui. Feliz.

-“Ah! São muitas...”
-Não vale. Escolhe UMA SÓ!

Eu fiz o seguinte: enumerei um monte delas e sorteei.
Deu 39 = "While My Guitar Gently Weeps" do George Harrison.

 

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

RESUMO DA ÓPERA

Todo mundo devidamente condenado, o Barbosão é alçado a salvador da pátria, o Lewandowski é o execrado da vez, tudo muito bonitinho.

Mas, prefiro aguardar o resultado depois que a notícia esfriar.
Porque depois desse carnaval fora de época vem a tal da dosimetria. Manja dosimetria?
É quando os excelentíssimos vão definir a pena de cada condenado.

Daí...

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

BH - RIO


Só começo a contar depois da Mannesmann. Aí, se estou sozinho, música e rally. Explicando: marco a quilometragem, desando a fazer contas, marco o tempo no ritmo, checo a média horária, enfim, tento tudo pra tornar a viagem menos chata.

Foi-se o tempo em que essa jornada era agradável. Eram curvas mais do que conhecidas, viaduto das Almas (tchan, tchan, tchan-tchan), Congonhas, Ôbá! Passei o Cupim em pouquinho mais de uma hora. Estaria indo bem se não fossem os radares e quebramolas que se revezam na gloriosa tarefa de nos levar a elucubrações criminosas quanto às autoridades constituídas.

Leiteria São Luiz. Tem um sanduba da melhor qualidade.
Mas, eu quero é chegar. Prometo que paro na volta.

Ewbank da Câmara fazia lembrar a piada velha do prefeito que decretou mão única na “avenida” e foi todo mundo embora... Aliás, parece assim até hoje.

Juiz de Fora, pista dupla, aí é que ficava bom mesmo! Ficava. Porque hoje, são radares e quebramolas se revezando na gloriosa tarefa de te levar a elucubrações criminosas quanto às autoridades constituídas.

E tome pedágio. Até que, pela qualidade da estrada, valeria. Se não fossem os radares e quebramolas que te levam a elucubrações criminosas quanto às autoridades constituídas.

Posto Brasão, Areal, paredão de pedra que tira o fôlego, começa a subida da serra. A ideia é subir e descer rápido o bastante para dar estalos no ouvido. O que sempre foi possível até que surgiram os radares e quebramolas que produzem elucubrações criminosas quanto às autoridades constituídas.

Baixada, último pedágio e o Rio te recebe a peidos. O fedor é evitado fechando o ar de fora. Vantagens da modernidade.

Engarrafamento óbvio num viaduto da linha vermelha, tudo parado e tudo balançando. Graças a um engenheiro amigo, aprendi que: se não balançar, essa merda cai e babau! Então, faço cara de paisagem e tento abafar, com fartos goles de água, a vontade de fumar. O que é totalmente desaconselhável nesse trecho porque se abrir o vidro o fedor tira todo o sabor do cigarro. Se não abrir budunzeia o carro todo e arde o olho.

Linha Vermelha, velocidade máxima 90km/h. Velocidade real 10km/h. Perimetral, velocidade máxima 80km/h. Velocidade real 12km/h. Aterro, velocidade máxima 70km/h. Velocidade real 90km/h.

Escapo com galhardia de todas essas armadilhas, Prado Júnior, avenida Atlântica, Leme. Cheguei.

Como sempre, nos últimos tempos, jurando que não vale mais a pena vir de carro. Mas, amanhã passa e começo a babar pela volta.

O que é uma outra história...

terça-feira, 9 de outubro de 2012

PIADA MINEIRA - 2


(Valeu, Décio.)

domingo, 7 de outubro de 2012

CATALUNHA 2 X 2 ESPANHA


Melhor assistir Barcelona X Real Madrid do que a im-pres-sio-nan-te cobertura eleitoral da GloboNews, com direito a informações fundamentais (às 14h do domingo!) no gênero “Para votar bem, saiba tudo sobre como um prefeito deve se comportar...”.

A ESPN com o som adiantado em relação à imagem. Boa solução para aparentar uma improvável qualidade da narração. Ainda assim, estranhas emoções são proporcionadas pelas intervenções do Tr(argh)jano e seus miquinhos amestrados. (Ainda bem que o Juca-Senil-Kfoury deve estar resfolegando em outras mídias...)

O jogo é no Camp Nou – estádio do catalão Barcelona.
A Catalunha quer a independência desde mil setecentos e talzinho.
Aí, aos 17 minutos de jogo, a torcida – cerca de cem mil pessoas – começa a gritar “Independência!” e a abanar bandeiras da Catalunha.
Emocionante para os 7 milhões e meio de catalães que lutam pela causa.

Observação pentelha: há uns 300 anos os caras querem a independência e não conseguem. Ô povinho ranheta!
Os catalães somam menos gente do que o Rio de Janeiro. Por que eles não vão pra praia e deixam isso pra lá? Por que? Por que?? (Aguardamos respostas dos sociólogos de plantão.)

22 do primeiro tempo, Cristiano Ronaldo, que anda fazendo beicinho por não ter sido eleito o melhor jogador da Europa, faz 1X0, se admira no telão e esquenta a coisa.

Aos 30, a bola sobra pro Messi na cara do gol. Gato no saco.

15 do segundo tempo o Messi põe, de falta, na gaveta. Golaço!

Aos 20, Ozil põe o Cristiano Ronaldo na cara do gol. O tristinho não vacila: 2X2.

Jogão.
A única diferença, preocupante, do Barcelona do Guardiola para o do Tito é que agora vemos chutões (ligações diretas como preferem os politicamente corretos) que não se viam até então. Mas, ainda bem, Messi, Iniesta, Xavi e agradáveis surpresas como o Montoya, continuam com a classe de sempre.

sábado, 6 de outubro de 2012

PAROLE, PAROLE, PAROLE...

Vivemos no país da conveniente falta de memória.
Então, só pra chatear, segue trecho de um artigo do Mino Carta.

“... Por que o mensalão petista vai ao tribunal antes daqueles tucanos que o precederam?

Por que Daniel Dantas, que esteve por trás de todos, não está no banco dos réus?

Por que as operações policiais que desnudaram seus crimes adernaram miseravelmente?

Por que o disco rígido do Opportunity, sequestrado pela Polícia Federal durante a Operação Chacal e entregue ao STF, nunca foi aberto?
No fim de 2005 dirigi esta pergunta ao então diretor da PF, Paulo Lacerda, na presença de Luiz Gonzaga Belluzzo e Sergio Lirio. O delegado, anos depois desterrado para Portugal, respondeu:
-‘Se abrirem, a República acaba’.”

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

HORA DANÇANTE - 21

Tenho um certo “nervo” de ver ceguinho cantando. Parece que eles vão cair ou pior, quando inventam coisas escabrosas como fez o Stevie Wonder no Rock in Rio deitando no chão com o teclado na barriga, etc.

Falando nisso, vocês viram o último CD do Stevie? Não? Nem ele...
(Péssima, mas irresistível.)

Assisti o Ray Charles no Olympia em 1972. (Como é que eu ainda lembro disso??) Doidões ele e a plateia...

Assisti de novo, 20 anos depois, no Parque das Mangabeiras em BH, debaixo de uma lua cheia inacreditável. Caretões ele e a plateia...

Ô vida!



quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A HISTÓRIA REAL


Após ouvir o voto do digníssimo revisor da Ação Penal 470, sinto-me obrigado a relatar aos milhares e milhares de leitores desse blog o que realmente aconteceu:

Numa tarde, lá pelo início do século, estavam jogando purrinha na majestosa sala da diretoria da SMP&B, o gênio do mal e seus asseclas mais próximos.

O tédio dominava a todos quando o gênio do mal propôs:
-“Vambora montar uma corrupçãozinha e levantar uma grana preta?”
-“Como? Como?” Perguntaram seus asseclas ansiosos.
-“Fácil. Pegamos o tesoureiro do PT, que é uma besta, armamos com bancos e financeiras, inventamos empréstimos monstruosos e distribuímos a grana para os pobres deputados necessitados. Tadinhos.”
-“Boa! Vamlá!”

E assim foi feito.
A coisa cresceu mais do que eles imaginaram e explodiu tal e qual aquela bomba do Riocentro: no colo deles.

O resto vocês sabem: segundo o ilustríssimo revisor, Zé Dirceu, Genoino (e tantos outros mais) não sabiam das tenebrosas transações que se davam debaixo de suas mesas, ocupadíssimos que estavam cuidando do bem estar da nação.


O eminentíssimo, cheio das citações, só não emitiu a que seria fundamental (em Casablanca):
Capitão Renault, depois que o Rick atira no Major Strasser:
-(para os guardas): “Round up the usual suspects.”

E segue o baile.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

HÁ QUE SE RESPEITAR

Data vênia, ali o mais bobo dá nó em pingo d’água com luva de boxe.

Hoje, depois do Joaquim Barbosa explicitar o seu longo voto, já às sete da noite, com os digníssimos dando sinais de eminentíssima exaustão, eis que o Lewandowski, com jovial atitude dado o adiantado da hora, se dispõe a votar.

Condena rapidinho os que devem ser condenados e absolve o Genoino.
Até aí, tudo bem. É legítimo direito dele usar dos milhares de subterfúgios que a nossa douta, ínclita e egrégia “justiça” coloca à disposição de Suas Excelentíssimas Excelências.

A grande jogada do cidadão foi esgotar o sagrado horário do whiskinho e deixar para amanhã seu voto sobre o Zé Dirceu.

A Rêdigrobo já deve estar negociando a contratação do ilustríssimo para cuidar da programação e consequente manutenção da audiência.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

PROFESIONALES...


Muito mais do que eu gostaria, tenho convivido com casos de amigos(as) e conhecidos(as) envolvidos com as chamadas ocorrências médicas.

É uma internação aqui, uma operação ali e muitos mais eticéteras do que vale a pena citar.

Em todos os casos existe uma constante: a família, e/ou os amigos
e/ou - muitas vezes - os próprios protagonistas, sentem-se inseguros com a atuação dos valorosos mantenedores da saúde.

Quando eu era menino a instituição “médico da família” diagnosticava e orientava os procedimentos para a cura de enfermidades várias.
Não tinha discussão. O doutor falou, tá falado.
E dava certo - na grande maioria das vezes. Quando, muito de vez em quando, não dava, aceitava-se o fato de uma “vontade divina”.
E seguia a vida.

Hoje não existe mais o clínico geral. A humanidade está entregue aos especialistas. E o Hipócrates da vez, se for especialista em cotovelo esquerdo, jamais irá se aventurar em emitir uma simples opinião sobre o pulso direito.
Resultado: -Você confia no seu médico?
Resposta:  -De qual deles você está falando?

Por essas e muitas outras evito, o mais que posso, contato com essa categoria profissional. (E... Bota “profesional” nisso!)