quarta-feira, 27 de março de 2013

MUDANÇAS E EXEMPLO


MATIAS VILHENA

Duas notícias sobre o novo papa, lidas hoje em um jornal italiano, me deixaram boquiaberto.

A primeira é de que o Papa Francisco não tem planos de se mudar para os aposentos papais. Vai continuar morando na Casa de Santa Marta, que é uma pousada para cerca de cinquenta padres e bispos que trabalham no Vaticano, e para bispos e cardeais que passam por Roma. Tem 106 suítes e 22 quartos simples, uma cozinha e refeitório comuns, e uma capela. Segundo o porta-voz do Vaticano, o papa não deseja ficar isolado, e quer viver “em comunidade”.

A segunda notícia foi de que não será transmitida pela televisão a missa que o papa celebrará em Roma nesta quinta-feira santa numa instituição penitenciária para menores, quando lavará os pés de doze menores. O papa deseja que a missa seja muito simples e que sua estada na instituição tenha “a natureza íntima de uma visita pastoral”. Numa era em que a imagem é tudo (vide Facebook e vide João Paulo II), Francisco escolhe mostrar que o que importa é o ato, e não a imagem. E não tratará os menores como extras numa cena de filme da qual ele seria o astro.

Caso essas duas notícias se confirmem, considero a primeira delas notável; e a segunda, uma revolução. E mesmo que não se confirmem, ou que mais adiante esses gestos do papa parem de acontecer, o benefício já está feito: foi-nos mostrado como nosso mundo pode(ria) ser diferente.

O novo papa está nos mostrando o poder da coragem de ser diferente, e a capacidade de mudança que têm os atos de uma só pessoa.

Fiquei pensando em como cada um de nós tem essa capacidade de ser diferente e de não fazer as coisas só porque “são feitas assim”. Capacidade de, ao agir de modo diferente, contribuir para modificar o mundo.

Tenho muitas dúvidas sobre quanto tempo poderá durar o pontificado do Papa Francisco.
Mas mesmo assim, considero-me presenteado. Com essas duas notícias de hoje, ganhei inspiração e força para ser mais autêntico. Papa Francisco, para mim seu pontificado já valeu.

sábado, 23 de março de 2013

“ESTA BATATA ESTÁ TOTALMENTE TOSTADA.”

- Você tem ideia do que acabou de dizer?

O olhar de volta é como se eu fosse um ET.
- Claro! Acabei de dizer que a batata queimou!

- Não é isso. É que são nove T’s numa frase de cinco palavras!

O olhar agora é uma mistura de pena com desânimo.

Mas, o quê que eu posso fazer?
Nove T’s em cinco palavras. Putz!

sexta-feira, 22 de março de 2013

ECOCHATOS, COMEMORAI!


terça-feira, 19 de março de 2013

CHORÃO, CHORINHO

Tenho a maior bronca de comentarista de vídeo tape. Explicando: pra mim, comentarista de vídeo tape é aquela figurinha que, quando vê o próximo diante de qualquer situação mais trabalhosa, se omite, se esconde e, depois, sempre tem a solução para o caso. Ou, pior, sempre vem com
“Pô, eu não sabia! Se eu soubesse poderia ter ajudado...”

Possuo uma vasta galeria de exemplos dessas execráveis figuras que representam, muito bem, diga-se de passagem, o tempo em que vivemos. Aliás, minto: não é o tempo em que vivemos.
Sempre foi assim.

Prova disso é meu avô paterno que exerceu o direito cujo, na minha opinião, é inerente a todo ser vivo e suicidou-se. Não o conheci.
Minha avó me contou que ele se foi por dívidas e que, no enterro, os amigos lamentavam. “Mas, porque ele não falou com a gente???”
Ou seja, naquela época os comentaristas de vídeo tape já pontificavam. E nem existia televisão.

Nunca escutei uma música sequer desse cidadão Chorão.
Que me lembre, assisti uma entrevista dele numa zapeada e achei o cara até legal.

Aí, vem a missa de sétimo dia onde toda a galerinha sempre ávida por aparecer - parentes, mulheres, primas, agregados, correm pra se emocionar com a “grande perda”. E tome de  “respeitem a nossa dor”, “era como um filho para mim”, “perdi um grande amigo, um irmão” e outras baboseiras no gênero.

Ora bolas! Segundo vários desses entrevistados, eles sabiam que o cara estava numa merda de fazer gosto, há tempos vinha dando todos os sinais de grande depressão, etc, etc.
Alguém se mexeu pra ajudar? Porra nenhuma.
Bando de carniceiros.

segunda-feira, 18 de março de 2013

ESSES NOSTRADAMUS SÃO MUITO RUINS DE BOLA!

Todo dia é a mesma coisa.
Chuva em Petrópolis ou em São Paulo ou em Santa Catarina ou em qualquer lugar que vire tragédia: as “otôridade” informam que choveu, em 24h, muito mais do que o previsto para o mês.

Povinho ruuuim de previsão, né não?

O que não é difícil de prever são os desdobramentos.
Em Petrópolis, até agora, 13 mortos e mais de 600 desabrigados.
Aí o governador vai pro ar e fala as mesmas coisas de sempre:
A presidenta Dilma manda seu abraço aos familiares das vítimas, a ministra sei lá das quantas está atenta aos acontecimentos, rigorosas providências estão sendo tomadas, verbas de emergência estão sendo disponibilizadas”, blá-blá-blá, blá-blá-blá.

Em 2011 aconteceu a maior tragédia da história na mesma região.
O que foi feito até hoje? Segundo os sobreviventes, nada.
Putz! Essa previsão não tem quem erre...

sexta-feira, 15 de março de 2013

ISSO FOI LINDO!

Torneio com 1.373 jogadores, chega aquela hora em que
todo mundo começa a arriscar mais - que é pra não ficar
muito longe do pelotão de cima.

O cidadão à esquerda dá all-in, o Cabezon (argentino folcloricamente chato pracacete) acompanha e lá vou eu com meu par de setes.

Flop, trinca de dois para o cidadão à esquerda e o Cabezon, com par de reis, se achando...

Turn, nada muda e... Bendito river, trinca de setes para o locutor que vos fala.

Resumo da ópera, Cabezon e o outro foram pro saco, o locutor que vos fala empinou e acabou o torneio num honroso oitavo lugar recebendo a fabulosa recompensa de 16.688 dinheiros... FICTÍCIOS! (Olhaí que sacanagem!)

Mas... Faz um bem danado pro ego.


quinta-feira, 14 de março de 2013

PARADOXOS


Quanto mais o tempo passa mais eu vou tendo a certeza que julgar os outros é uma grande inutilidade cuja não me leva a lugar algum.
Quanto mais o tempo passa mais eu julgo tudo e todos de imediato - ancorado na minha “vasta experiência”.


Quanto mais o tempo passa mais eu percebo que Sartre estava lotado de razão: "O inferno são os outros".
Quanto mais o tempo passa mais eu busco – no "inferno dos outros" – as soluções e/ou justificativas para minhas dúvidas.


Quanto mais o tempo passa mais eu sinto como faz bem o auxílio, por menor que seja, a quem quer que seja, em qualquer situação que seja.
Quanto mais o tempo passa mais eu me fecho e pondero que a vida é assim mesmo, que cada um que se vire, que quem pariu Mateus que o embale.


Quanto mais o tempo passa mais eu sinto como faz bem me emocionar com seja lá o que for, não importa o quanto nem quando.
Quanto mais o tempo passa mais eu disfarço e tento enganar a mim mesmo escondendo, da maneira que for possível, qualquer emoção.


Quanto mais o tempo passa mais eu acho que ele podia parar de passar. Só um pouquinho. Só pra dar uma respirada.

quarta-feira, 13 de março de 2013

A PIADA PRONTA NÃO VAI VALER...

Ou seja, a igreja católica não
está de chico.

O cidadão é simpaticão, tranquilão, primeiro latino americano e jesuíta!

Duro vai ser aturar “los hermanos”...

terça-feira, 12 de março de 2013

SE VIRA, EDYR!

Por mais que hoje as religiões pululem feito besouros depois da chuva, faturem uma grana pretíssima isenta de tudo quanto é imposto, etc, etc, ainda é ruim das outras chegarem perto da pompa e circunstância da católica.

Por mais que a gente ache exagerados os rituais - e, particularmente, acho uma grande chateação os cânticos, juramentos e outras hipocrisias - a igreja católica dá um banho de bola em todos os quesitos.

Mas, minha grande torcida é para um, basta um, cardeal pirar e resolver contar tudo o que se passa no conclave.

Já imaginou a festa?

domingo, 10 de março de 2013

ONZE ABAIXO DE ZERO

É a informação nada confiável dos comentaristas do SporTV sobre a temperatura no Mundial de Esqui na Noruega.

Nada confiável porque as imagens maravilhosas do evento são diretamente proporcionais à irritação que esses caras causam. São despreparados, enchem o raio do saco com informações fundamentais sobre a barba e o bigode de sei lá quem, enquanto os competidores estão descendo feito uns alucinados, pulando, ultrapassando, caindo e eles seguem falando bobagem.

Depois, no replay, eles “descobrem” tudo o que acabamos de ver e, pior, costumeiramente, erram em todas as informações - que estão escritas no vídeo! Ao ponto de um francês liderar uma descida desde a primeira curva e o cidadão narrador falar que era um suíço. Ao final, com o vídeo mostrando o nome e nacionalidade do vencedor da etapa, o infeliz tem o descaramento de dizer que “Oh! O francês ultrapassou no finzinho e venceu...”

Mais um caso daqueles em que o cidadão não acha que eu sou um idiota. Ele tem certeza.

E, pensando bem, ele está certo.
Era só tirar o som ou procurar a (para mim) misteriosa tecla SAP.

sábado, 9 de março de 2013

AMIGOS

Lá pelos meus 15 ou 16 ou 17 anos, sei lá, depois de uma fabulosa festa de aniversário lotada de amigos, minha mãe, certamente influenciada por seu momento de vida, pronunciou uma frase que me marcou durante muito tempo: “- Aproveita meu filho, porque amigo a gente faz na infância. Depois, é tudo interesse.”

Passei muito mais tempo do que seria razoável acreditando nisso. E, durante todo esse período,
a vida me provava o contrário. Ou quase.

Ocorre que o maldito - ou bendito - tempo vai passando, as dificuldades e/ou facilidades e/ou interesses de cada um vão se acentuando e, inevitavelmente, as distâncias vão aumentando.

Dos ditos amigos de infância muitos mais do que eu gostaria se afastaram devido às diferenças sociais, de pensamento, de atitudes, etc. Pra minha sorte, alguns continuaram próximos.
Fisicamente ou por “telepatia”.

E também pra minha sorte (e deles, certamente) vários se desvaneceram - ou estão se desvanecendo - devido aos tortuosos caminhos que cada um escolhe. Conscientemente ou não.

O grande barato é descobrir novos e redescobrir antigos – cujos você achava perdidos.

Dos novos, a descoberta e consequente esperança de renovação.
Dos antigos, recuperados da bruma do tempo, a redescoberta e a consequente esperança de retomada dos velhos/novos tempos.

Devido às diferenças já apontadas, ambas situações podem parecer como a ilustração desse post. E o carinho que vejo nessa imagem,
pela representativide da situação, pode ser retratado nas duas.
(Momento piegas.)

Toda essa baboseira é pra falar da minha ausência, justificada, diga-se de passagem, no enterro do pai de um grande amigo das antigas.
Pai esse que foi figura muitíssimo importante na minha adolescência.

Penso que nesses eventos a gente tem obrigação de estar presente não só como respeito ao que se foi, mas, principalmente, em respeito aos que estão sofrendo a perda. Mas, não tive como estar presente.
Aí, passado o evento, me desculpei hoje, por telefone e, para minha alegria, fui tratado com o mesmo carinho e compreensão de muitos anos: “-Deixa de bobagem! Tá tudo bem!”

Esperanças renovadas na humanidade!

quarta-feira, 6 de março de 2013

CHAVITO, CHORÃO, QUE NADA!

Pra mim, a nota realmente triste de hoje é a morte do Alvin Lee aos 68.

Segue homenagem a um dos maiores guitarristas da história.

terça-feira, 5 de março de 2013

CHAVITO FOI PRO SACO

Como já se esperava há algum tempo.

Duro é ver, como sempre acontece com qualquer falecido famoso, o cidadão virar um líder, carismático, “amigo do Brasil” e outras babaquices sintomáticas.

A meu ver, o Chavito nada mais foi do que um autêntico representante das “repúblicas de bananas” como ainda somos nós - os sul-americanos.
(Por mais que a mídia faça toda força pra provar o contrário...)

Imagino Caracas, onde está um bom amigo - cujo certamente estará estocando “não perecíveis” porque lá a coisa fica ruim com qualquer situação. Ainda mais nessa...

Dá-lhe Maduro!

domingo, 3 de março de 2013

ALGUÉM OFERECE PARA ALGUÉM...

E ESSE ALGUÉM SABE QUEM!

Putz! Essa é de doer, né não?

Mas, seguindo na esteira da jovem guarda, lá vai:

sábado, 2 de março de 2013

É MOLEZA!

É pra isso que você paga IPTU?

É pra isso que você paga IPVA?

Convenhamos. Assim é molinho governar, né não?
Em vez de fazer alguma coisa, é só botar uma placa
e embolsar a verba.
Fora o resto. E que resto...!

sexta-feira, 1 de março de 2013

HORA DANÇANTE – JOVEM GUARDA

É claro que a tal da Jovem Guarda daria uns dois dias ouvindo músicas bobas, bizarras, versões inacreditáveis, etc.
(Como era a grande maioria das músicas “jovens”– em todo o planeta – nessa época. Ou até hoje, sei lá...)

Mas, não há como negar, essa galera embalou muitas e muitas das nossas horas dançantes.
Ô veiêra!

Segue uma amostrinha.

Eduardo Araújo & Silvinha - O Bom

Ronnie Von & Os Vip's - A Volta

Renato e seus Blue Caps - A Primeira Lágrima

Roberto Carlos - Se você pensa

Erasmo Carlos - O Caderninho