quinta-feira, 30 de abril de 2015

A (MALDITA) IMPERMANÊNCIA


O ensinamento básico do budismo é a impermanência ou a mudança.
E já paro por aí porque é enorme a chance de divagações 'papo-cabeça' cujo já fui devidamente avisado que não rola mais.
(O que é perfeitamente explicável numa época de 140 caracteres.)

Pois bem: esse 'papo-não-cabeça' se deve ao fato de ter sido hoje o último dia de transmissão da Guarani FM de Belo Horizonte - uma das últimas guardiãs de programação musical digna em meio às iniquidades a que somos submetidos por todos os meios de comunicação.

Mas, voltando ao ensinamento do gurdim oriental, nesse caso específico tenho certeza que a tal da impermanência é uma merda.
É mais ou menos como você estar no Maracanã e escutar o locutor do estádio anunciar: "A ADEG informa: sai Garrincha e entra Cafuringa."

Explicando: a Guarani foi vendida para a rádio gospel Feliz FM, de São Paulo, comandada por um pastor sei lá quem de uma igreja sei lá qual e nem quero saber.

Vida - ou impermanência - que segue.

Obs.: Luiz Sales, meu amigo de priscas eras, dirigiu um espetacular vídeo de despedida da Guarani que, pelo menos até agora, não achei no youtube. Mas, é facinho de achar no fêicibúqui.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

IBN* SEGUE INCÓLUME

Pode vir o que vier - impítim, lavajato, zelotes, foguete russo descontrolado, nada abala o IBN*:

• Anitta é gente como a gente - Casamento com look de loja de departamento e tietagem em passagem de Rihanna pelo Brasil mostram que cantora é 'popular'.

• Grazi Massafera troca próteses de silicone dos seios e mostra resultado na web.

• Filha de Renato Gaúcho revela segredo para conquistá-la: ‘Se me faz rir, já ganha 80% do meu amor’ , escreveu a bela no Instagram.

• Gracyanne Barbosa, 31, compartilhou na internet um selfie de biquíni nesta quarta-feira (29).

• O jogador Neymar, 23, foi clicado nesta quarta-feira (29) com o visual idêntico ao do filho Davi Lucca, 3. "Esse pequeno é um charme", comentou uma das seguidoras do craque de futebol.

* Índice de Babaquice Nacional

domingo, 26 de abril de 2015

AH É... É?


Milton Carneiro estrelava um quadro humorístico onde ele falhava sempre que precisava de uma resposta e muito depois é que achava o argumento.
O bordão se referia ao fato de que, na hora que precisava, ele só ficava no "Ah é... É?"

Diga lá leitor cheio de honesto autoconhecimento: você consegue contar quantas vezes isso já te aconteceu?
Eu, não. E, pior: é quase todo dia.

Em situações amenas - papo de boteco, etc - ou em eventos ditos mais sérios, ao final sempre acabo me sentindo meio "ah é... é".
Isso ocorre tanto pela falta de timing quanto pela chatíssima sensação posterior de não ter dito o que queria. Ou deveria.

Fatos que, de tanto acontecerem, acabaram me fazendo ligar o foda-se. Mas, é inegável que isso continuou incomodando.

A partir destas tão fundamentais preocupações, depois de estudos complexos e reflexões profundas em minhas dominicais elucubrações praianas, passeando na beira d'água debaixo de um sol de rachar, desenvolvi um procedimento que pretendo colocar em prática imediata: uma paradinha pra respirar antes de fazer qualquer coisa.

O que, já boiando no marzão delicioso, foi prontamente rebatido por mim mesmo: isso pode gerar dúvidas sobre como agir e piorar ainda mais o resultado. Acho que não, repliquei eu: vai é gerar clareza na mente e equilibrar as atitudes.

Uma onda pedindo um jacaré interrompeu esse diálogo instigante e lá fomos eu e eu deslizando em direção à areia e à cerveja gelada.

Na entrada do prédio a porteira me entrega a chave dizendo: "Aiaiai... Molhando meu chão..."

Respondo com um sorridente "arrã" e sigo em frente com a certeza que vou precisar treinar muito...

sábado, 25 de abril de 2015

OLHEUAÍ!


No ar mais um turbilhão de emoções
perpetradas pelo locutor que vos fala!
Tá doidim pra comprar?
É só clicar no selo aí do lado, o "Haja Livros".

QUEM ME DERA AGORA EU TIVESSE A VIOLA PRA CANTAR!


Zapeando noite adentro, tropeço na parte final de um documentário no Arte 1: "Uma noite em 1967".

3o. Festival da MPB na Record, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil e Edu Lobo chegam no 'photochard' com Maria Carnaval e Cinzas, Alegria Alegria, Roda Viva, Domingo no Parque e Ponteio, respectivamente.
Tirando Maria Carnaval e Cinzas (realmente uma bobagem), todas as outras se tornaram clássicos da música brasileira.

Segundo Edu Lobo, foi como uma corrida de cavalos. As pessoas apostavam nas músicas, torciam, xingavam e o clima era de grande final mesmo.

E, segundo um cidadão cujo não vi o nome, esse festival teve uma ironia muito interessante: Sérgio Ricardo, debaixo de uma vaia histórica, quebra o violão e joga na plateia.
Para, em seguida, assistir Edu Lobo ganhar o festival cantando esse fortíssimo refrão de Capinam.

Numa boa, sem nenhum saudosismo e, sim, com total isenção, alguém ainda acredita na possibilidade da MPB voltar a ter só 10% dessa qualidade?

Cartas para a redação.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

PREOCUPAÇÕES INGLESAS


Um longo mas saboroso artigo do Guardian (veja inteiro aqui: http://www.theguardian.com/commentisfree/2015/apr/22/google-earth-loch-ness-monster-mystery-nessie) sobre Nessie – o monstro queridinho do Reino Unido.

Que bom seria se tivéssemos um “Nessie” tupiniquim, né não?
Pelo menos serviria para os ‘fêicis’ da vida darem uma folga nas indignações, fotos de pratos de comida e outras bobagens no gênero.

Segue um resumo (em porca tradução):

Não vai haver mais nenhum mistério a ser deixado para nós?
A tecnologia tem gradualmente nos privado de nossos sonhos.
A partir de meados do século 19, a “spirit phtography” prosperou, em parte porque ninguém ainda entendeu a forma como a ciência da fotografia poderia ser manipulada como uma arte.
Médiuns produzindo ectoplasma para fora de suas bocas (e outros orifícios) foram fotografados, assim como seus guias espirituais. Fé implícita foi colocada nessas imagens. Maridos mortos, esposas e bebês surgiram a partir de nuvens.

O Google Earth, com seu abrangente olho panóptico, juntou-se à busca do monstro de Loch Ness.

Mais poderoso do que a capacidade da ciência de explicar é o desejo humano de mistério. Então, se Nessie nos for negado, nós vamos simplesmente procurar outro lugar para animais lendários.

domingo, 19 de abril de 2015

SÓ A VERDADE!


Olha ele aí!

O ÂNHO.


Sábado, praia, cerveja, almoço, música, poker e um flanelinha fanho. (Em Politicamentum Correctum: "Parking-Orientêitor portador de ligeira deficiência vocálica".)

É que em frente ao meu cubiculum existe um shopping inusitado que, literalmente, se derrama sobre o mar, com uma varanda enorme que fica cheia de domingo a domingo.

Então, a calçada embaixo da minha janela é dominada pelo flanelinha que para o trânsito, indica as vagas (A-í, a-trão!), comanda as saídas (Ê-NHA!, Ê-nha!, ênha... ên...) e recolhe seus caraminguás.

É engraçado e já está incorporado ao meu cenário auditivo junto com o barulho das ondas e o ronco das motos.

Só que, nesta tarde apareceu um concorrente querendo dividir o espaço. Aí, danou-se:
-Ão í me-í ão! A-í é eu í mândo!
-Úida us eus i eu úido us meus. (O outro também era ânho!)
-Ê ão abe om em á mê-êndo!
-Ái á lá!

E por aí seguiram, começaram a me atrapalhar, fechei a janela e liguei o ar. Durei bastante no jogo e quando acabou fui checar a rua. O ânho original saiu vitorioso. Estava sozinho de novo, correndo pra á e pra cá e tudo voltou ao normal.

Ê-nha...

sábado, 18 de abril de 2015

"SENHOR" É FODA...

Comecei a ganhar essa alcunha aos cinquenta. Uma apertada maioria ainda me tratava de você, mas a coisa (veiêra inegável) começou a incomodar.

Agora, passado dos sessenta, generalizou. É triste. Se essas pessoas me conhecessem, jamais me tratariam de "senhor" mas, hoje o que vale é a aparência, certo, biscoito?

Então, se não posso combater, é melhor aderir.
Respondo na mesma moeda a todos os que assim me chamam.

Quer dizer, quase todos. Porque em certas situações fica impossível.

Como exemplo, estava eu hoje, fim de tarde preguiçoso, rumando em direção a um delicioso sundae de chocolate quando no caminho sou chamado por uma menina de sorriso e simpatia indescritíveis:
-Senhor! Gostaria de adquirir nosso cartão?

O máximo que consegui foi meu melhor sorriso seguido de um "Não" bem humorado. E aí a criaturinha fez o que parecia impossível: ampliou ainda mais o sorriso e retrucou "-Mas o senhor tem um sorriso lindo, viu?"

Foda-se o "senhor". Ganhei o dia!

WAVE FESTIVAL IN RIO


O Wave Festival in Rio tem como objetivo oferecer aos profissionais e empresários da indústria da comunicação a oportunidade de promover seus trabalhos através da exibição de seu material mais original e criativo, em um evento com proposta única em toda a América Latina e mercado hispano-americano.

Ou seja: mais uma das incontáveis reuniões de egos publicitários que tiram uma folguinha em algum lugar pseudochique e aproveitam para se autopremiar.

Mas, às vezes acontecem espasmos de lucidez como esses do Marcello Serpa:

“A Dilma não é uma boa diretora de criação. Não sabe apresentar campanha, não sabe se relacionar com cliente, não fez o caminho básico, que mesmo na categoria política tem que ser feito, nunca foi eleita antes de ser presidente, não sabe escrever bem, não tem portfolio e não sabe criar bem.”

"O clichê conforta os medíocres enquanto protege os covardes."

Pra mim, esse último se encaixa direitinho no título da festa.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Ô AFRODESCENDENTE EXAGERADAMENTE ALEGRE...

(Versão PC de "Ô mulata assanhada...")

Segundo a ótima Desciclopédia (http://desciclopedia.org), o termo "Politicamente Correto" vem do latim Politicamentum Correctum que literalmente significa, agir como um político.

Das diversas chaturas que assolam nosso cotidiano o PC está nas cabeças. Acho insuportável, cínico, hipócrita, etc.

Nunca tive um amigo afrodescendente. Tenho amigos pretos, criôlos, negões. Nas adolescentes peladas na praia, quando um deles fazia um gol, era abraço e "Boa, negão!". Quando perdia uma bola importante era "Ô criôlo, pô!". A recíproca era de "Azedinho" pra baixo e seguia a vida.

Nunca tive um amigo homossexual. Tenho amigos viados e, dependendo do grau de dignidade, gays.
Os viados escrachados sempre reagiam com bom humor.
"Ô bichona!" era respondido com algo próximo de "Fala meu bofe" - sem maiores horrores.
Os gays, quando exageravam no boteco (coisa rara), eram alertados discretamente: "Menos... Segura a ondaí..." e pronto.

Éramos gordos (rolha de poço), magros (tripa), baixos (suvaco de cobra), altos ("Tá frio aí em cima?" prontamente respondido com "Segura no termômetro pra saber"), e ninguém nunca morreu por isso.

E hoje, que tem gente estressada até com horário de verão (outra frescura inominável), se você cumprimentar um amigo usando o jargão antigo tá arriscado a ser preso.

Que tempos babacas vivemos!

quarta-feira, 15 de abril de 2015

DÁ-LHE BAGÃO!

Segue mais um excelente artigo de Bagão Félix - que pontifica no Público de Lisboa.

Passado, presente e futuro

Há anos, escrevi um pequeno texto sobre a hegemonia do presentismo. Volto ao tema que, para mim, persiste ainda que agora numa versão mais “ousada” que designaria como a supremacia do futuro-do-dia-seguinte.

Entre o passado ignorado e o futuro descartado decretou-se a primazia do presente. Entre a memória e a utopia programou-se a aparência. Entre o que já foi e o que ainda não se sabe se vai ser inventou-se o estar.

Na Antiguidade, o presente era medido como um roubo de tempo jamais recuperável. A clepsidra, primeiro relógio de água, ilustrava esta ideia do instantâneo. Na sua etimologia, clepsidra significa precisamente roubo de água, uma espécie clássica de cleptomania do tempo!

O presente confunde-se com a actualidade feita por notícias alinhadas na imprecisão de um passado recente de segundos, minutos, horas e até dias ou naquele futuro fugaz e imediato de pequenas partículas do tempo.

É do presente que se anda prenhe. Às vezes, do presente envenenado. Quanto ao passado, oscila-se entre a memória curta e a ignorância petulante. Dizia Torga: “Os governantes não querem saber da História. Para eles tudo começa na hora em que assumem o poder. E o poder sem memória sempre foi arbitrário”.
E do verdadeiro e desafiante futuro anda-se ausente ou doente. Assim, não se vai longe…

segunda-feira, 13 de abril de 2015

QUE VERGONHA!

Vamos imaginar que um fotógrafo da turminha Globo / Folha / Estadão et caterva fosse agredido durante uma manifestação qualquer por se parecer com alguém da turminha de FHC, Aécio, etc.

O veículo para o qual o cidadão trabalhasse iria fazer, com toda razão, um baita escarcéu, concorda?

Pois um fotógrafo do Estado de Minas foi agredido ontem por se parecer com o Lula.

O veículo para o qual o cidadão trabalha deu essa capa aí da foto sem nenhuma menção ao fato.

"Isso pode, Arnaldo?"

ENTRE TANTAS QUESTÕES...


... que se discutem hoje, a maioridade penal tem dado um ibope razoável.

Tirando as histerias próprias dessas manifestações orquestradas pelas rêdigrobo da vida, temos argumentos - de ambos os lados - que dão o que pensar (e, dependendo da visão do antenado leitor, também servem para dar risadas).

Os ‘contra’ afirmam:
“A inclusão de jovens a partir de 16 anos no sistema prisional brasileiro não iria contribuir para a sua reinserção na sociedade.”
“Em vez de reduzir a maioridade penal, o governo deveria investir em educação e em políticas públicas para proteger os jovens e diminuir a vulnerabilidade deles ao crime.”
“A pressão para a redução da maioridade penal está baseada em casos isolados, e não em dados estatísticos. Segundo a Secretaria Nacional de Segurança Pública, jovens entre 16 e 18 anos são responsáveis por menos de 0,9% dos crimes praticados no país.”

Enquanto os ‘a favor’ rebatem:
“A impunidade gera mais violência. Os jovens ‘de hoje’ têm consciência de que não podem ser presos e punidos como adultos. Por isso continuam a cometer crimes.”
“O Brasil precisa alinhar a sua legislação à de países desenvolvidos como os Estados Unidos, onde, na maioria dos Estados, adolescentes acima de 12 anos de idade podem ser submetidos a processos judiciais da mesma forma que adultos.”
“A maioria da população brasileira é a favor da redução da maioridade penal.”

De minha parte a opinião mais sensata que ouvi até agora foi de um cidadão cujo não sei o nome (estava zapeando e perdi os créditos) que afirmou singelamente: “Não se trata de maioridade penal. Se hoje o jovem de 16 anos pode votar, pode abrir conta no banco e tantas outras coisas, que se defina a maioridade em 16 anos.”

Simples assim.
Ou não?

Maioridade é a condição legal para a atribuição da plena capacidade de ação de uma pessoa que decorre ao se alcançar uma idade cronológica previamente estabelecida. Este dispositivo é motivado pela necessidade de que a pessoa tenha adquirido uma maturidade intelectual e física suficiente para ter vontade válida para operar alguns atos da vida civil.

sábado, 11 de abril de 2015

SERÁ QUE EU TÔ DE SACANAGEM COMIGO MESMO?


Lido com cinco e-mails, cartões de conta corrente, de crédito, de empresa, internet banking, sites de venda de livros, de notícias, de passagens aéreas, de apostas, de poker, facebook, youtube, operadoras, aplicativos, iphone e sei lá mais o quê.
Todos têm senhas numéricas, alfabéticas, misturadas, etc.

São todas diferentes e não erro nenhuma delas!
Legal, né? Meu computador interno está em plena forma, né?

Mas, por que numa agradável conversa de boteco com amigos, na conclusão de uma frase, me falta a palavra definitiva?
Ou porque, volta e meia, me perco no meio de um raciocínio?
(Do quêqueu tava falando mesmo?).
Ou pior, por que, em casa, volta e meia me levanto com um objetivo definido e paro no meio do caminho porque não sei mais o que ia fazer? E aí eu volto ao ponto de partida e, sempre, lembro e fico com a irritante sensação de tempo perdido? (HMS!)

Veiêra seria uma resposta fácil se eu também não me lembrasse do número do telefone (36-45-88) do apartamento no Leme em 1965, ou das placas da Vemaguete do meu avô (3639) em 1966 e de um fuscão (0940) que comprei, em 1977, de um grande amigo da época. Além de incontáveis outras inutilidades.

Resposta ao título do post: De jeito nenhum! Tô nem aí!

Até porque tenho visto muita gente boa, com 20 ou até 30 anos a menos do que eu, passando pelas mesmas situações.
O que é um grande alívio!

obs.: toda e qualquer sugestão de medicina alternativa, neurolinguística, "psis" em geral, powerpoints elucidativos e afins será sumariamente excluída.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Ô RAÇA!

Acho o Ed Motta um chato cuja única referência é ser sobrinho do Tim Maia – esse sim, um craque.

Mas, o cara vai lá e posta que na turnê que fará na Europa não irá falar em português e que não tem música em português no repertório. “Então, pelo amor de Deus, não venha com um grupo de brasuca berrando ‘Manuel’, porque não tem”.

Ah, Margarida, pra que! Foi o suficiente para os patriotas indignados de plantão caírem de pau no enólogo tijucano com pérolas no gênero “Vc devia escrever isso em inglês pros gringos saberem como vc é soberbo e anti- patriota”, “Por que tu não fez o post em inglês então, seu merda?”.
E por aí afora.

Pra mim o engraçado da história é que, com certeza, muitos desses patriotas indignados estiveram nas manifestações pedindo a volta dos militares e postando que vão se mudar pra Miami...

Seria cômico, etc.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

PAI AMOROSO


-Cê ama papai?
  •••
-Então comporte-se bem na escola porque papai também te ama muito.
Do fundo do coração!
  •••
-O quêêê???
  •••
-Suspensa, Lêidijane?? Olhe, não me apareça pela frente porque vou lhe bater tanto, mas tanto, que cê vai ficar rôxa mais de semana!
E me chame sua mãe agora!

Escutei este edificante diálogo telefônico enquanto comprava cigarro. Peguei meu vício e me mandei rápido com pena da Lêidijane cuja, pela manutenção de sua integridade física, deve ficar sem ver o amoroso genitor por um bom tempo.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

VAI TARTARUGUINHA!


Muricy se manda do São Paulo.
E, como sempre, o Luxa se oferece por baixo dos panos.
Vai! Vai!! Vai!!!

terça-feira, 7 de abril de 2015

PODE TUDO? NÃO, NÉ? ENTÃO...


Pode ser hora de banir artistas da criação de estátuas.
Eles simplesmente perderam a capacidade de fazê-lo. A arte que uma vez nos deu David de Michelangelo se degenerou em uma cínica aglomeração de entalhadores de segunda categoria que estão enchendo praças, estações ferroviárias e outros espaços públicos em todo o mundo com paródias feias, estúpidas e ocasionalmente aterrorizantes da forma humana.

Um desses artistas terríveis finalmente pediu desculpas por seus crimes contra o bom gosto. O escultor Dave Poulin escreveu para o The Hollywood Reporter, esta semana aceitando a responsabilidade por "Scary Lucy" - uma estátua de bronze de Lucille Ball, lendária estrela de TV, em seu local de nascimento - Celoron, Nova York - que tem ofendido os moradores.

Poulin retratou Lucille como uma alcoólatra louca, com uma desajeitada representação de suas características faciais fazendo-a parecer monstruosa.
Mas ele não é o único escultor que aviltou espaços públicos com más estátuas. Mais alguns artistas deveriam ter a decência de se apresentar e confessar a sua falta de habilidade e bom gosto.
Jonathan Jones - The Guardian

quinta-feira, 2 de abril de 2015

O ESPÍRITO DA COISA

O Botafogo veio ontem a JP jogar contra seu xará pela Copa do Brasil.
Não encheu o Almeidão nem os olhos de quem assistiu.

Mas, pra mim, o melhor foi essa chamada na capa do Meia Hora. Isso é o bom do futebol.
A brincadeira, a sacanagem com o adversário, etc. E é isso que estamos perdendo em meio a desenfreada ganância dos empresários, dirigentes, picaretas etc.

Ou seja, cada vez mais vale o dinheiro e não a paixão.
Tristes tempos.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

MUSSURUNGUINHA!

Já devo ter comentado aqui sobre o povo pessoense. Ou eles não te dão o menor papo ou são de uma simpatia sem limites.
Até agora não vi meio termo.

Pois bem. Hoje pela manhã entrei num quiosque em busca de um singelo misto quente com coca-cola. O dono do lugar, da classe dos simpáticos (lógico), anota o meu pedido e grita lá pra dentro: "Mussurunguinhaaa! Um mishtu quênti rapidinho!"

Minha cara de ponto de interrogação foi o suficiente para ele me explicar que Mussurunguinha é filha de Mussurunga. E mais não disse nem eu perguntei.

Cinco minutos depois surge a Mussurunguinha com minha iguaria. Uma menina esperta, com carinha de Mussurunga mesmo.

E fiquei pensando que esse poderia ter sido um bom apelido pra minha caçula, que está ficando inapelavelmente velha hoje, ao completar um quarto de século.

obs.: o google me conta que Mussurunga é um bairro de Salvador.
Assim sendo, fico com o apelido original: Parabéns, Bogoiô!