sexta-feira, 22 de outubro de 2010

FREQUÊNCIA EM MÍDIA

Ou “media frequency” como preferem alguns (muitos) publicitários antenados com a matriz.
O fato é que essa equação vem sendo buscada há muitos anos sem maiores avanços uma vez que as variáveis são muitas e têm esse mau hábito: variar.

Tentando explicar, a frequência em mídia é um fator que procura medir quando o seu público para de registrar a sua mensagem. Pensando só em TV, quantas vezes o seu comercial precisa ser exibido para ter a compreensão e assimilação do seu público alvo?
Vamos supor que o seu consumidor, depois de assistir o comercial por três vezes numa semana, já entendeu, já decidiu e, mentalmente, bloqueia todas as outras vezes que assistir. A partir daí você, que programou muito mais do que isso, está simplesmente jogando dinheiro no bolso do veículo e seu retorno é zero.

É aí que entram as variáveis. Por exemplo, o famoso comercial do primeiro sutiã foi ao ar pouquíssimas vezes porque foi inovador, de alta qualidade e com consequente recall muito alto. Enquanto as campanhas de varejo, além de continuarem gritando como se o público fosse surdo, bobo ou as duas coisas, abusam da freqüência e da falta de criatividade.

Entretanto temos uma situação interessante acontecendo. As TV’s por assinatura e também algumas abertas de baixa audiência estão vendendo seus espaços comerciais como se fossem emissoras de rádio. Não importa o programa, a adequação, o target. Vendem “X” inserções por dia. O anunciante “esperto” e a agência que só pensa em faturamento imediato compram pensando que estão fazendo um ótimo negócio. Ignoram olimpicamente a raiva que podem provocar no público, a rejeição que o produto pode ter, etc. Importante é levar vantagem, certo? É claro que se essas agências e anunciantes fecharem as portas depois de amanhã a culpa, como sempre, é do governo.

Aí entra a parte interessante. Algumas agências e anunciantes, inteligentemente, aproveitam essa política (?) comercial e produzem excelentes campanhas que precisam de maior frequência para serem entendidas e assimiladas.
Exemplos atuais, a campanha do Xperia da Sony Ericsson (“Seu smartphone morreu...”) bem como as campanhas da Topper para o futsal e para o rugby. São perfeitas. Precisam de frequência para serem bem assimiladas e fazem tão bem feito que não cansam nem dão raiva.

Ou seja, se não temos como medir a coisa, vamos nos aproveitar dela...

obs.: Quem estiver com paciência e quiser ler mais um pouco sobre isso é só clicar aqui: FAZER PROPAGANDA NÃO É PRECISO

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