terça-feira, 8 de julho de 2014

MENGÔÔÔ!

 
Gerd Wenzel, excelente comentarista da ESPN, contou outro dia:
um velho técnico alemão dizia que futebol é igual xadrez - ganha quem conseguir o domínio do meio do tabuleiro.
E, meio de campo, é o que o Brasil nunca teve nessa Copa.

Numa sequência apavorante de gols aos 10, 22, 24, 25 e 29 do primeiro tempo, a Alemanha demoliu a seleção brasileira.
A ponto de uma daquelas que invadem nosso espaço a cada quatro anos, perguntar: -"Eles estão jogando com mais gente?"

Minha filha mais velha me liga depois do quinto gol dizendo que vai parar de assistir. Respondo que, em vez de ficar olhando o Brasil, ela veja só o futebol e a aula que a Alemanha está dando.

E, num Mineirão já se esvaziando, os coxinhas, antes de irem pra outra balada, dão a xingadinha de praxe na grande culpada pela derrota: a Dilma, é claro.

Segundo tempo, o Brasil não assusta, a Alemanha, com o resultado garantido, se fecha e, à falta do que fazer, faz mais dois com Schürrle. No finzinho Oscar faz um e a torcida alemã grita, feliz da vida, “Brâ-cil!”.

Daí... Sou Chuváinstáiguer desde pequenininho.
De preferência contra a Argentina.

Obs.1: A Alemanha, a partir de 2006, fez um trabalho de reconstrução de seu futebol e provou que esse trabalho foi bem feito.
A partir desse vexame absurdo, seria uma benção se a inevitável (?) reconstrução do futebol brasileiro, desde as bases e, principalmente, até a cúpula, fosse detonada. Mas, depois de anos e anos de Havelanges, Teixeiras e Marins, sei que não vou viver para ver isso.

Obs. 2: Pensem o que quiserem: fiquei feliz pelo Miroslav Klose ter batido o recorde do gordim vira-casaca.

Obs.3: Felipão e os jogadores brasileiros serão crucificados.
Mas, a esmagadora maioria ganha a vida fora do Brasil.
Ou seja, semana que vem... Arrã...

Obs.4: Mesmo com a obrigatória entrevista piegaça ao final do jogo, acho que o David Luiz é o grande cara brasileiro dessa Copa.

Obs.5: Aos que, porventura, se sintam incomodados com o título desse post, devo informar que nós, velhos, torcemos muito mais pelos nossos times do que para a seleção - por conhecermos melhor a diferença, muito antiga, entre seleção brasileira e seleção da CBF.
E a Alemanha esbanjando competência, tanto na preparação quanto no marketing (leia-se Adidas), conquistou a nação rubro negra.


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